China, Rússia e Irã realizarão um exercício marítimo conjunto, segundo informou a mídia na terça-feira, citando a Frota do Pacífico da Marinha Russa, sem divulgar um horário específico para o exercício.
Esta não é a primeira vez que os três países realizam exercícios conjuntos semelhantes. Em 2019, a marinha chinesa, juntamente com suas congêneres russa e iraniana, realizou um exercício militar de quatro dias no Golfo de Omã. O exercício transmite também um gesto de boa vontade e mostra a capacidade da China de manter a paz mundial e a segurança marítima, segundo oficiais militares chineses.
"As três partes precisam de aumentar a cooperação em áreas de segurança não tradicionais, especialmente na segurança marítima, já que atualmente alguns países continuam causando problemas no mar, o que aparentemente se trata de uma violação do direito internacional", disse Song Zhongping, comentarista militar chinês, em declarações ao Global Times na terça-feira.
É vital para a China, Rússia e Irã garantir a segurança do transporte marítimo internacional. A maior parte do comércio internacional da Rússia é realizada por navio. O Irã depende também do transporte marítimo para suas exportações de petróleo. As importações chinesas de petróleo, gás e comércio exterior dependem do transporte marítimo, explicou Song.
Garantir a segurança do transporte marítimo é salvaguardar a segurança econômica dos três países, por isso, é normal que a China, Rússia e Irã cooperem ao nível de suas marinhas e, principalmente, em seus esforços conjuntos contra a hegemonia regional e os piratas marítimos, observou Song.
Ao relatar o exercício conjunto dos três países em 2019, alguns meios de comunicação dos EUA noticiaram que foi conduzido por "três dos maiores adversários da América" e que se "uniram contra a democracia".