Li Yan, China Daily
Nos últimos anos, visitei três vezes o shopping center duty-free na baía de Haitang, Sanya, na província insular de Hainan, no sul da China. De cada vez que lá estive, reparei com cada vez mais marcas recém-lançadas. Também me apercebi que o shopping atrai cada vez mais consumidores.
Para mim, uma visita a Sanya não poderia ser completa sem um ritual - fazer compras no shopping duty-free. Não cumprir esse ritual me enche de uma sensação de perda ou de ter perdido grandes negócios, descontos e promoções, já que os preços dos produtos lá tendem a ser substancialmente mais baixos do que em outras cidades do continente chinês.
Aposto meu último RMB que muitas outras consumidoras familiarizadas com as tentações ao consumo de Sanya podem nutrir sentimentos semelhantes. Não é de admirar que as vendas no mercado duty-free aumentem sem parar em Hainan.
Por exemplo, nos três primeiros trimestres deste ano, as vendas offshore isentas de impostos na ilha alcançaram os 35,54 bilhões de yuans (US $ 5,6 bilhões), um aumento de quase 121% em termos anuais, de acordo com a alfândega de Haikou.
Se a taxa de crescimento se mantiver, Hainan provavelmente emergirá brevemente como o maior mercado de compras duty-free do mundo, de acordo com a Moodie International Ltd., uma editora multimídia business-to-business.
Desde julho de 2020, Hainan, que pretende se tornar um porto de livre comércio global, aumentou sua cota anual de compras livres de impostos offshore de 30.000 yuans para 100.000 yuans por pessoa. A gama de produtos isentos de impostos também aumentou de 38 categorias para 45, enquanto o limite anterior de isenção de impostos de 8.000 yuans para um único produto foi suspenso.
Alimentada por políticas favoráveis de compras duty-free, Sanya ocupa agora o 5º lugar entre as cidades chinesas em compras de luxo, atrás de Shanghai, Beijing, Guangzhou e Shenzhen, na província de Guangdong, de acordo com um relatório da empresa global de relações públicas Ruder Finn and Consumer Research Group.
A Louis Vuitton está considerando abrir sua primeira loja duty-free na China, no emergente centro da ilha de Hainan, informou a Reuters.
Em 2025, os consumidores chineses deverão gastar 1,2 trilhão de yuans em produtos de luxo, de acordo com a empresa de pesquisas Statista. Hainan deverá desempenhar um papel cada vez mais significativo na atração de gastos de luxo pelos consumidores chineses.
Hainan alcançou resultados notáveis em vendas duty-free. Dadas as restrições às viagens internacionais, a economia isenta de impostos em Hainan continuará a receber a atenção do consumidor, já que os consumidores chineses não podem ir ao exterior para comprar produtos que geralmente têm preços mais baratos do que os mesmos produtos disponíveis em outras cidades do continente chinês, disse Fu.
