O ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira que seu país doará 10 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 ao consócio internacional COVAX Facility a ser destinadas a países que permanecem atrasados no processo de imunização.
Queiroga acrescentou ser possível que além das 10 milhões de doses iniciais, sejam doadas posteriormente mais 20 milhões, totalizando 30 milhões de imunizantes, o que dependerá do interesse e anuência dos países a serem beneficiados.
Segundo o governo brasileiro, a doação é o resultado do compromisso firmado em uma reunião com líderes mundiais após a Cúpula do G20, durante a qual, os responsáveis pela Saúde de vários países assinaram um compromisso para ajudar os países nos quais a vacinação ainda não avançou.
O anúncio foi divulgado pelo ministro Queiroga, acompanhado pelo embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que está respondendo interinamente pela chancelaria brasileira. Segundo eles, o presidente Jair Bolsonaro já assinou uma medida provisória autorizando o governo federal a doar as vacinas em caráter de cooperação humanitária.
Em comunicado conjunto, os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores informaram que o Brasil decidiu apoiar os países da América Latina, Caribe e África, no primeiro passo do "processo amplo de cooperação em matéria de vacinas com a região e com o mundo".
Os imunizantes que serão doados fazem parte do que corresponderia ao Brasil a partir de um acordo firmado com a COVAX para receber 42 milhões de doses.
Desse total, 12,8 milhões já chegaram ao território brasileiro e foram utilizadas no Programa Nacional de Imunização (PNI) .O restante será doado e, segundo Queiroga, a Chancelaria brasileira será responsável por definir os países que receberão as vacinas.