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Pandemia: mais de 50 milhões de casos confirmados nos EUA

Fonte: Diário do Povo Online    15.12.2021 09h39

Com 2021 prestes a terminar, a pandemia voltou a estabelecer um novo recorde nos Estados Unidos. O número acumulado de casos confirmados ultrapassa os 50 milhões e o número acumulado de mortes está se aproximando das 800.000.

De acordo com uma reportagem do "New York Times", até agora, 75% das mortes acumuladas nos Estados Unidos, ou seja, cerca de 600 mil, são de pessoas com 65 anos ou mais.

Devido à suscetibilidade derivada de doenças subjacentes, bem como à ocorrência de novos surtos nos Estados Unidos, o impacto sobre a população norte-americana tem sido particularmente intenso. Muitos idosos dizem que, além das doenças, sofrem também de solidão e medo.

Ao mesmo tempo, algumas medidas anti-epidemiológicas ainda são severamente politizadas, comprometendo o combate à pandemia.

Desde que surgiu nos Estados Unidos, o coronavírus tem sido usado como ferramenta e moeda de troca para os partidos Republicano e Democrata se atacarem e servirem seus próprios interesses políticos.

O ano passado foi o ano das eleições nos EUA. Para lutar pela reeleição no ano eleitoral, o governo dos EUA da época ignorou repetidamente os avisos de saúde pública desde o início do surto, minimizou deliberadamente o risco do vírus e não conseguiu controlar adequadamente a epidemia.

Mesmo com a chegada do novo governo ao poder este ano, a luta não cessou e disputas sobre as medidas mais elementares de prevenção e controle, como usar ou não máscaras e a administração da vacina em várias partes dos Estados Unidos perduram até hoje.

Contra o pano de fundo do antagonismo partidário extremo, políticas altamente polarizadas e ruptura social severa, os dois partidos nos Estados Unidos mantêm a discórdia política num cenário pandêmico, incapazes de fomentar consensos sociais que permitam controlar adequadamente o vírus.

O sistema dos EUA torna os governos federal, estadual e local independentes na luta contra a pandemia, em que se acusam mutuamente, fugindo de suas responsabilidades. Neste enquadramento não é fácil integrar e coordenar a gestão de recursos médicos ou formar uma frente anti-epidêmica unificada. Houve inclusive disputas entre governos estaduais pela aquisição de material médico. Como escreveu a revista "Time" dos Estados Unidos, todo o "sistema de governo" dos Estados Unidos é responsável por essa tragédia.

Por muito tempo, o número cumulativo de casos confirmados e mortes cumulativas por Covid-19 nos Estados Unidos ocupou o primeiro lugar no mundo. Nos Estados Unidos, uma média de 1 em 420 pessoas morre de Covid-19.

O jornal francês "Le Monde" informou que, na crise pandêmica, os Estados Unidos deixaram o caro sistema médico e de saúde para os ricos e permitiram que os mais pobres fossem privados da previdência social. No campo da medicina e da saúde, a epidemia afetou ainda mais as pessoas de cor. Dados divulgados anteriormente pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA mostraram que entre as crianças que perderam seus cuidadores principais, as crianças brancas representavam 35%, enquanto as crianças das minorias étnicas representaram 65% - embora as minorias representassem apenas 39% da população dos EUA.

A economia dos EUA foi também duramente atingida. De acordo com uma pesquisa, quase 20% das famílias americanas gastaram todas suas economias durante a pandemia. A pesquisa demonstrou que quase dois terços das famílias americanas com renda anual inferior a $50.000 têm dificuldade em pagar aluguel, tratamento médico e despesas de alimentação. As famílias afro-americanas e hispânicas são particularmente afetadas. O desemprego de longa duração de um grande número de pessoas e o aumento da instabilidade social exacerbaram a sensação de ansiedade e impotência dos americanos. 

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