O governo italiano aprovou na terça-feira um decreto permitindo a extensão do estado nacional de emergência sobre a pandemia de coronavírus por mais três meses.
Previsto para expirar no dia 31 de dezembro, o estado emergencial foi prorrogado até 31 de março de 2022, confirmando assim os poderes especiais do gabinete em termos de regras antivírus e gestão de crises de saúde.
O decreto permite que o governo central mantenha as últimas restrições antivírus emitidas para conter a quarta onda pandêmica durante os feriados de Natal e Ano Novo.
Entre elas está a obrigatoriedade de uso, no período de 6 de dezembro a 15 de janeiro, do chamado "super passe verde" para acesso a locais públicos como restaurantes e bares, cinemas, academias, boates e estádios.
Este certificado comprovante que uma pessoa foi vacinada ou se recuperou do coronavírus nos últimos seis meses.
Pessoas não vacinadas ainda serão obrigadas a mostrarem um passe verde "normal" (que comprova um teste Covid negativo) para acessar qualquer outro local e para usar o transporte local.
De acordo com a legislação italiana, o estado emergencial permite ao gabinete legislar e atuar mais rapidamente, evitando procedimentos burocráticos morosos, mas apenas nos setores relacionados à emergência.
A decisão de prolongá-lo foi amplamente aceita em todo o espectro político e além da coalizão governamental. Esse amplo consenso provavelmente ajudaria o gabinete do primeiro-ministro, Mario Draghi, já que o decreto precisa ser votado e aprovado pelo parlamento por meio de uma lei específica.
Na verdade, o estado emergencial pode ser declarado na Itália por 12 meses, e possivelmente estendido por mais 12 meses, totalizando um máximo de 2 anos.
Para a pandemia, a emergência foi declarada primeiramente em 31 de janeiro de 2020, quando os primeiros casos de Covid-19 foram registrados em Roma, por um período de seis meses e depois estendido várias vezes.
Para mantê-lo em vigor além dos 2 anos, um projeto de lei específico terá que ser aprovado por ambas as câmaras do parlamento.