O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil apresentou nesta segunda-feira o novo modelo de urna eletrônica, com tecnologia renovada e maior rapidez de processamento a ser utilizada nas eleições gerais de 2022.
O equipamento foi apresentado em Manaus, capital do estado do Amazonas (norte), durante uma visita do presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, à fábrica de urnas eletrônicas com sede nessa cidade.
Barroso voltou a ressaltar que as urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth. Dessa forma, para que fosse possível fraudar o equipamento, seria necessário superar mais de 30 barreiras de proteção.
"A urna utiliza o que há de mais moderno em termos de criptografia, assinatura e resumo digitais. Tudo isso garante que somente o sistema desenvolvido pelo TSE e certificado pela Justiça Eleitoral seja executado nos equipamentos", informou.
Segundo os técnicos, a segurança para votar continua sendo a mesma. Uma das principais mudanças é o processador, um sistema chip que é até 18 vezes mais rápido do que o chip da urna anterior.
Entre as novas funcionalidades, estão também a maior duração das baterias, e o terminal do mesário com comandos sensíveis ao toque (tela touch). Segundo o TSE, essa tecnologia permitirá mais rapidez na identificação do eleitor na seção eleitoral. Enquanto um eleitor vota, o terminal poderá identificar os próximos que vão votar, diminuindo o tempo de espera e reduzindo as filas.
De acordo com a licitação feita pelo TSE, a empresa ganhadora, Positivo, fabricará 225 mil urnas do novo modelo, cuja entrega está prevista para maio de 2022. No total, 577 mil serão utilizadas nas eleições. A entrega está prevista para maio do ano que vem.
Como a vida útil das urnas é de dez anos, durante a eleição diferentes gerações de urnas funcionarão simultaneamente e as novas máquinas só serão utilizadas em algumas regiões do país.
As urnas eletrônicas passaram a ser utilizadas no Brasil a partir de 1996.