O presidente norte-americano Joe Biden "expressou as profundas preocupações" dos Estados Unidos e de seus aliados europeus sobre "a escalada das forças russas em torno da Ucrânia" e deixou claro que "os EUA e nossos aliados responderiam com fortes medidas econômicas e outras em caso de escalada militar", segundo um informe da Casa Branca.
Biden "reiterou seu apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia e pediu uma redução da escalada e um retorno à diplomacia", segundo o documento.
"Os dois presidentes encarregaram suas equipes de fazer o acompanhamento, e os EUA fá-lo-ão em estreita coordenação com aliados e parceiros", prossegue o documento.
Os presidentes também discutiram o diálogo EUA-Rússia sobre Estabilidade Estratégica, um diálogo separado sobre ransomware, bem como os trabalhos conjuntos em questões regionais como o Irã.
Os líderes se concentraram principalmente na crise interna na Ucrânia durante suas segundas negociações em seis meses, segundo o Kremlin em um comunicado.
Putin, usando exemplos específicos, explicou a Biden "a política destrutiva" das autoridades ucranianas e expressou sua "séria preocupação com as ações provocatórias de Kiev contra o Donbass".
Putin enfatizou que é a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que está fazendo tentativas perigosas de "conquistar o território ucraniano" e está aumentando seu potencial militar perto das fronteiras russas.
Putin pediu a Biden a garantia de que a OTAN não expandirá na direção leste e não implantará armas ofensivas perto da Rússia.
Para criar condições para consertar as relações bilaterais, Putin ofereceu a Biden o levantamento de todas as restrições acumuladas ao funcionamento das missões diplomáticas russas e americanas.
Biden e Putin mantiveram suas primeiras reuniões frente a frente em uma cúpula em Genebra em junho e falaram por telefone em julho.
