O caminho de baixo carbono da China serve como um impulso para o desenvolvimento verde global, observaram os participantes da Conferência de Entendimento da China 2021 em Guangzhou.
Com o tema "De Onde e para Onde - Mudanças Sem Precedentes no Mundo e a China e o PCCh", o evento, programado de 1º a 4 de dezembro na cidade de Guangzhou, no sul da China, atraiu cerca de 80 figuras renomadas das esferas política, acadêmica e econômica globais.
A China se comprometeu a atingir o pico de emissões de CO2 antes de 2030 e a neutralidade de carbono antes de 2060, fazendo o maior corte na intensidade de emissão de carbono do mundo no menor espaço de tempo da história.
Em setembro, o país anunciou que vai parar de construir novos projetos a carvão no exterior.
Xu Huaqing, diretor do Centro Nacional para Estratégia de Mudança Climática e Cooperação Internacional, disse que os compromissos de carbono destacam o propósito estratégico e a direção da China e que o país tem um forte histórico no combate às mudanças climáticas.
A intensidade de carbono da China em 2020 foi 48,4% menor do que em 2005, o que significa que a China cumpriu seu compromisso de alcançar uma redução de 40-45% na intensidade de carbono em relação aos níveis de 2005 até 2020, observou.
Especialistas dizem que os compromissos de carbono da China terão um significado global, já que o país é um dos principais agentes na luta contra a mudança climática e uma forte força na promoção do desenvolvimento global.
Guven Sak, diretor-gerente da Fundação de Pesquisa de Política Econômica da Turquia, chamou a suspensão dos projetos de energia a carvão da China no exterior de "um passo na direção certa para reduzir o custo da atividade humana em nosso planeta".
Jusuf Wanandi, um alto funcionário do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, disse: "Dado o tamanho da China e a história de seu sucesso de desenvolvimento, seguir o caminho verde consolidaria a reputação e a liderança chinesa na transição para o caminho sustentável de desenvolvimento".
Ele acrescentou que a Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR) da China apresenta novas oportunidades verdes para os países participantes.
Khurshid Mahmud Kasuri, ex-ministro das Relações Exteriores do Paquistão, ecoou a opinião, dizendo que a China está em posição de compartilhar sua tecnologia solar, conquistas e experiências ambientais com o resto do mundo.
Ele observou que algumas usinas de energia a carvão já foram construídas no Paquistão com a cooperação chinesa usando tecnologias avançadas para manter as emissões sob controle.
"Ela (a ICR) é uma oportunidade de ouro para elevar as economias participantes a uma maior preparação no planejamento e aquisição de tecnologias inovadoras de origem chinesa em prol de uma economia verde", disse Wanandi.