Embora a variante Omicron - uma nova e mais contagiosa variante da Covid-19 - tenha chegado à Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) e causado três infeções, as autoridades locais e os especialistas estão confiantes de que o plano de reabertura da fronteira entre o continente chinês e Hong Kong não será afetado, pois a cidade conseguiu conter a disseminação do vírus.
Hong Kong relatou na segunda-feira outra infeção pela da variante Omicron, elevando o total de infeções na cidade para três.
O terceiro caso de Omicron é de um homem de 37 anos que chegou à cidade proveniente da Nigéria em 24 de novembro e entrou em quarentena em um hotel designado. Ele foi confirmado como tendo sido infetado no domingo, segundo um funcionário de Hong Kong em uma coletiva de imprensa na tarde de segunda-feira.
A secretária de Hong Kong para Alimentação e Saúde, Sophia Chan Siu-chee, disse na coletiva de imprensa que a Omicron parece não ter impacto no plano de reabertura da fronteira.
"Detetamos com sucesso esses três casos e os impedimos de entrar em nossa comunidade", disse Chan.
Prevê-se que o continente chinês e Hong Kong retomem as viagens sem quarentena, já que Hong Kong cumpriu os requisitos e entrou na fase de implementação da reabertura ordenada da fronteira com o continente, segundo as autoridades locais na semana passada, após uma reunião de prevenção e controle de ambas as partes.
No entanto, os funcionários não revelaram uma data exata para o início das deslocações sem quarentena.
Kennedy Wong Ying-ho, advogado do Supremo Tribunal de Hong Kong, disse que "é improvável que a Omicron tenha grande impacto no plano, já que Hong Kong reforçou suas medidas contra infeções importadas".
A Chefe do Executiva, Carrie Lam, disse no sábado que a RAEHK lançaria um código de saúde local incorporado na interface do código de saúde aplicado na província de Guangdong, no sul da China.
De acordo com Lam, depois dos códigos de saúde serem interconectados, uma vez que um caso confirmado de Covid-19 seja relatado em Hong Kong, as autoridades do continente poderão notificar imediatamente as pessoas que estão entrando no país.
De acordo com uma reportagem de segunda-feira do jornal local The Standard, o plano de Hong Kong de reabrir suas fronteiras com Guangdong e permitir que até 1.000 cidadãos da RAEHK viajem diariamente para Shenzhen ou Zhuhai sem quarentena pode ser adiado para o final de dezembro, com a RAEHK considerando a expansão da quota para 5.000.
