O presidente senegalês, Macky Sall, disse que a África e a China pretendem ir mais longe em sua ambição comum de alcançar a prosperidade compartilhada para o bem-estar dos povos africano e chinês.
Em suas observações feitas na cerimônia de abertura da Oitava Conferência Ministerial do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que foi inaugurada nesta segunda-feira, Sall afirmou que o Senegal, o país copresidente do FOCAC, tem o prazer de sediar esta reunião importante três anos depois da última cúpula histórica do FOCAC em Beijing, para mais reforçar a tradição longa da amizade cordial e parceria dinâmica entre a China e a África.
O presidente disse que desde que o FOCAC foi estabelecido, há 21 anos, a África e a China avançaram de mãos dadas, de forma pragmática e eficiente, como demonstrado pela intensificação do comércio bilateral, investimentos e as muitas conquistas sob vários planos de ação.
Ele afirmou que o tema da conferência, "Aprofundar a Parceria China-África e Promover o Desenvolvimento Sustentável para Construir uma Comunidade China-África com Futuro Compartilhado na Nova Era", é altamente relevante por causa das crescentes mudanças e dos desafios globais a que a África e a China têm que se adaptar por meio de fortalecer ainda mais suas relações da solidariedade política e econômica.
Observando que a amizade foi testada com sucesso contra a pandemia da COVID-19, o presidente agradeceu à China seu apoio contínuo aos esforços de resposta à saúde e recuperação econômica da África.
Durante seu discurso, Sall propôs cinco prioridades para o Roteiro da Conferência Ministerial, incluindo segurança sanitária, modernização agrícola, treinamento técnico e profissional, desenvolvimento de infraestrutura e desenvolvimento das capacidades industriais da África.
O presidente encorajou as empresas chinesas para ter uma visão mas confidente e otimista de investir na África.
"Vinte anos após seu lançamento, nós podemos ser orgulhosos das conquistas do nosso Fórum, graças à colaboração de nossos estados, nossas cidades, nossas empresas, e nossos povos, num espírito da amizade estreita, solidariedade ativa, confiança e respeito mútuos", disse ele.
O presidente Felix Tshisekedi, da República Democrática do Congo, também o presidente atual da União Africana, disse via videoconferência que a conferência do FOCAC, através de diálogos construtivos e sinceros, verá o progresso realizado ao longo dos anos e definirá as orientações principais da cooperação China-África para os próximos três anos.
Ele disse que a conferência é realizada para consolidar a solidariedade entre parceiros em frente dos desafios principais, incluindo o desenvolvimento socioeconômico, mudança climática, segurança e estabilidade assim como o estabelecimento da justiça e paz dentro da comunidade internacional.
Azali Assoumani, presidente de Comores, disse que as conquistas históricas da cooperação África-China são inegáveis e são o orgulho de nossos países. "Seja no campo da consolidação da paz e da segurança, erradicação da pobreza ou do combate às mudanças climáticas, os resultados dessa cooperação nos tornam gratificados", disse ele.
"Faremos o possível para que esse efeito de sinergia continue a ser consolidado, especialmente através da Iniciativa do Cinturão e Rota para alcançar uma melhor conectividade e um crescimento econômico mais eficiente em nossos continentes", disse ele.