Rajan Menon, professor de relações internacionais do City College de Nova York, expressou recentemente sua preocupação com o agravamento das relações EUA-China, dizendo que os americanos não saberiam qual seria o pior resultado.

Embora a maioria dos democratas e republicanos americanos, com influência na política externa americana, concorde que a China seja a maior rival, a população não sabe ao certo o impacto que uma guerra teria para ambos os países, disse Rajan Menon em uma publicação divulgada recentemente no site do Los Angeles Times.

Menon, também membro do Instituto Quincy, bem como do Instituto Saltzman de Estudos de Guerra e Paz da Universidade Columbia, advertiu que os Estados Unidos e a China "teriam enormes perdas de sangue e tesouros se sua rivalidade se intensificasse sem qualquer sentimento de interesses em comum, e entrassem em guerra".

"A China e os EUA têm meios para lançar ciberataques nos sistemas financeiros um do outro", afirmou. "As ondas de choque geradas por uma colisão entre os EUA e a China se alastrariam rapidamente pela economia global".

Ele expressou sua dúvida de que o povo americano iria seguir o "duro diálogo" dos políticos para apoiar uma guerra contra a China se os formuladores de políticas explicassem com precisão o que uma guerra significa sob a forma de "sangue e tesouros".

Citando o último relatório anual do Departamento de Defesa dos EUA sobre as forças armadas chinesas, o acadêmico apontou que as consequências militares, se os dois lados recorrerem ao campo de batalha, seriam catastróficas.

No final, o professor expressou a esperança de que os líderes dos EUA e da China possam trabalhar em conjunto "para evitar que exercícios militares e ataques verbais se transformem em uma guerra".