A implementação iminente do acordo de Parceria Econômica Abrangente Regional irá efetivamente impulsionar a recuperação econômica. [Foto: Shi Yu / China Daily]
A implementação iminente do acordo de Parceria Econômica Abrangente Regional(RECP, na sigla em inglês), programado para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro, impulsionará efetivamente a recuperação econômica e consolidará a rede da cadeia de abastecimento na região da Ásia-Pacífico, afirmaram economistas e líderes empresariais na quinta-feira (4).
O Secretariado da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) confirmou que seis países membros do bloco e quatro países não-ASEAN - China, Japão, Nova Zelândia e Austrália - apresentaram formalmente suas ratificações RCEP, atendendo às condições para a celebração do negócio que entrará em vigor nesses 10 países no início do próximo ano, disse o Ministério do Comércio da China através de um comunicado na quarta-feira (3).
Além de mostrar sua vontade de expandir ainda mais os fluxos comerciais durante a era pós Covid-19, o RCEP - o maior pacto comercial do mundo por PIB - ajudará esses países signatários a garantir a abertura de seus mercados, bem como cadeias de abastecimento ininterruptas na Região Ásia-Pacífico, disse Zhang Jianping, diretor-geral do Centro de Cooperação Econômica Regional da China em Beijing.
Os seis países da ASEAN que aprovaram o RCEP são Mianmar, Camboja, Laos, Cingapura, Tailândia e Vietnã. O acordo entra em vigor 60 dias após a ratificação por pelo menos seis países da ASEAN e pelo menos três países não pertencentes à ASEAN, de acordo com o acordo assinado em novembro do ano passado.
Até quarta-feira, quatro membros da ASEAN e a República da Coréia não ratificaram o acordo.
Assim que o RCEP entrar em vigor, as empresas locais e globais desfrutarão de um ambiente de negócios regional com menos barreiras de investimento e tarifas baixas. A implementação do acordo ajudará a cadeia de abastecimento regional a responder melhor aos impactos externos, disse Jiang Feng, diretor da Administração Geral de Impostos do Departamento de Alfândega.
O comércio exterior da China disparou 22,7% numa base anual para 28,33 trilhões de yuans (US$ 4,4 trilhões) nos primeiros três trimestres deste ano, e o volume de suas exportações e importações com outros participantes do RCEP aumentou anualmente 19,3%, segundo dados da administração.
A China, um dos principais impulsionadores do acordo, concluiu o processo de ratificação do acordo em 15 de abril e solicitou a adesão ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica, outro acordo comercial entre 11 economias, incluindo Austrália, Canadá e Japão, em setembro.
"No próximo estágio de crescimento, as inovações nas políticas comerciais, produtos e práticas comerciais serão os pilares do progresso para a China e seus parceiros perseverarem no caminho do desenvolvimento", disse Lawrence Loh, diretor do Centro de Governança e Sustentabilidade da Escola de Negócios da Universidade Nacional de Cingapura.
Apesar dos efeitos adversos da pandemia da Covid-19 no crescimento econômico da região, o RCEP abrirá caminho para que empresas globais invistam e exportem mais produtos para vários mercados na região, disse Donny Yu, presidente e CEO para a China na Nexans SA , um fabricante francês de cabos para transmissão de energia e dados.