O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinou na sexta-feira um acordo com Angola para fornecer 3 milhões de dólares americanos a fim de apoiar uma transição de setores mais informais da economia.
Na cerimônia de assinatura com o representante-residente do PNUD, Edo Stork, o ministro da Economia e do Planeamento de Angola, Mário Caetano João, disse que o acordo se insere no âmbito do Programa de Reconversão da Economia Informal.
A economia informal consiste em atividades que têm valor de mercado, mas não são formalmente registradas ou regulamentadas. Geralmente, constitui uma parte significativa das economias dos países em desenvolvimento.
Em Angola, a economia informal garante a subsistência de cerca de 76 por cento da população economicamente ativa e representa cerca de 60 por cento do produto interno bruto, disse João.
"Em 2021, queremos formalizar 100.000 operadoras informais, das quais pelo menos metade seriam usuários de sistemas de pagamento móvel", disse ele.
Por seu turno, Cegonha disse que o PNUD quer trabalhar com o governo angolano para fazer avançar a reconversão da economia de forma que gere mais empregos dignos para os angolanos.
O uso de novas tecnologias digitais beneficiaria o processo, acrescentou Stork. "As pessoas que trabalham na economia informal podem encontrar novos clientes e o processo de formalização será mais eficiente".
O Programa de Reconversão da Economia Informal de Angola permitiu até o momento a implementação de 99 por cento da linha de financiamento de alívio econômico, utilizando 2 mil milhões de kwanzas (3,3 milhões de dólares americanos) para a primeira fase, beneficiando cerca de 2.600 microempresários.