Falando em nome de um grupo de países sobre o tema da democracia e direitos humanos, um enviado chinês enfatizou nesta segunda-feira que não existe um modelo estabelecido de democracia, e o que é a verdadeira democracia não deve ser definido por um punhado de países.
Ao fazer uma declaração conjunta na 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, o embaixador Chen Xu, representante permanente da China no Escritório da ONU em Genebra, disse que paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade representam os valores comuns da humanidade.
Ele enfatizou que a chave para a verdadeira democracia é saber se esta se ajusta à situação particular de um país, se representa a vontade do povo, salvaguarda os interesses da população e conta com seu apoio, e se traz estabilidade política, progresso social e bem-estar para as pessoas.
"Estamos preocupados com padrões duplos ou mesmo múltiplos que são aplicados à democracia, pelos quais a democracia é usada como uma ferramenta para impor os próprios valores e modelo político aos outros", afirmou Chen.
"Conter os outros e interferir em seus assuntos internos sob o pretexto da democracia é o oposto da democracia e só trará caos e desordem, e prejudicará os interesses fundamentais das pessoas envolvidas em todo o mundo", acrescentou.
O enviado chinês disse ao Conselho que a multipolarização e a democratização das relações internacionais representam a tendência dos tempos.
Os países devem praticar o verdadeiro multilateralismo, intensificar as consultas e a cooperação e promover a paz e o desenvolvimento, de modo que "os direitos humanos possam ser melhor promovidos e protegidos, em vez de traçar limites entre ideologias e criar divisão e confrontação como resultado", explicou.
"Pedimos que todos os países fortaleçam a solidariedade e a cooperação para enfrentar os desafios globais e criar um futuro melhor",