Fumio Kishida, líder do partido governista japonês Partido Liberal Democrático (PLD), foi eleito na segunda-feira como o novo primeiro-ministro do país para suceder Yoshihide Suga.

A Dieta Nacional do Japão, a legislatura japonesa, convocou uma sessão extraordinária à tarde para escolher o novo primeiro-ministro. Já que a coalizão governista liderada pelo PLD controla as duas câmaras, Kishida, de 64 anos, recebeu 311 dos 458 votos na Câmara dos Representantes e 141 dos 241 votos na Câmara dos Conselheiros.

"Este é o verdadeiro ponto de partida. Vou seguir com um forte senso de determinação, com uma resolução forte", disse ele na sede do PLD em Tóquio pela manhã.

Depois de nomear seu novo Gabinete à tarde, Kishida tomará posse formalmente em uma cerimônia no Palácio Imperial e realizará uma coletiva de imprensa à noite.

O primeiro grande teste de Kishida como primeiro-ministro será a eleição geral. Ele planeja realizar a eleição em 31 de outubro, enquanto a disputa pelas cadeiras da Câmara dos Representantes está marcada para começar em 19 de outubro.

Kishida prometeu aumentar a renda da classe média e reduzir a disparidade de riqueza sob sua "nova forma de capitalismo", que é vista como uma ruptura das "políticas neoliberais" que o governo japonês tem perseguido nas últimas duas décadas.

Além disso, ele disse que um pacote econômico no valor de "dezenas de trilhões de ienes" está em preparação para ajudar pessoas e empresas que sofrem com a pandemia COVID-19.

O gabinete do antecessor de Kishida, Yoshihide Suga, renunciou em massa na segunda-feira de manhã, pouco mais de um ano após sua formação, em meio a críticas sobre sua falta de capacidade de conter a COVID-19.

Como as infecções de COVID-19 no Japão diminuíram recentemente, e quase 60% da população do Japão recebeu uma segunda dose da vacina contra COVID-19, o novo primeiro-ministro precisará primeiro lidar com as tarefas de suspender gradualmente as restrições às atividades sociais e comerciais e abrir a fronteira para viajantes estrangeiros.

Em seu futuro Gabinete, Kishida adicionará um novo cargo ministerial de segurança econômica com a responsabilidade de elaborar uma estratégia nacional projetada para acabar com a fuga da propriedade intelectual do Japão. Takayuki Kobayashi, um dos 13 novatos ministeriais, está pronto para ser nomeado para assumir o novo posto.

Três mulheres provavelmente serão nomeadas no novo Gabinete, incluindo a ministra da vacinação Noriko Horiuchi, a ministra da reforma administrativa Karen Makishima, e Seiko Noda, ministra encarregada de estabelecer uma nova agência para a política infantil.

Além disso, o ex-ministro da educação Hirokazu Matsuno deve se tornar secretário-chefe do Gabinete, e o ex-ministro do meio ambiente Shunichi Suzuki provavelmente substituirá seu cunhado Taro Aso como ministro das finanças do país.