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Comentário: China contribui para a recuperação ecológica do planeta

Fonte: Diário do Povo Online    28.09.2021 14h53

Por Kou Jiangze, Diário do Povo

O deserto de Kubuqi, no norte da cidade de Ordos, na região autônoma da Mongólia Interior, é o sétimo maior deserto da China

A desertificação é um câncer da Terra, e a China é um dos países do mundo com maior área desertificada, com várias populações afetadas por fortes tempestades de areia. Devido a tais circunstâncias, nos últimos anos, o controle da desertificação no país tem sido reforçado pela lei, ciência e tecnologia, o qual se tem traduzido em proveito ecológico, econômico e benefícios sociais.

O deserto de Kubuqi, no norte da cidade de Ordos, na região autônoma da Mongólia Interior, é o sétimo maior deserto da China. Já foi considerado o "mar da morte" e impossível de ser controlado. Hoje em dia, em quase um terço dos desertos, "avanços de areia e recuo de pessoas" tornaram-se "avanços verdes e recuos de areia". A biodiversidade tem sido gradualmente restaurada, o ambiente ecológico melhorou significativamente e o clima de areia e poeira regional foi reduzido em 95% em comparação com há 20 anos atrás.

"O cenário verde que vi com meus próprios olhos me deixou pasmo: o controle do deserto de Kubuqi é uma experiência muito bem-sucedida". Em junho de 2019, Bazardorji, pesquisador do Instituto de Relações Internacionais da Academia Nacional de Ciências da Mongólia, visitou a Mongólia Interior, Hebei, Zhejiang, etc, onde analisou vários exemplos representativos de experiências bem-sucedidas do controle de desertificação da China. “Este é o resultado de anos de muito trabalho com base na investigação científica. O mais importante é que esta é uma decisão acertada do país, e o resultado de uma boa coordenação e de esforços conjuntos por parte do governo, empresas e indivíduos".

O "Relatório de Avaliação de Recursos Florestais Globais" de 2020 divulgado pela Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas demonstra que, nos últimos 10 anos, a Ásia tem o maior ganho líquido em área florestal, sendo que a China conta com o maior aumento líquido médio anual em áreas florestais. "A China atribui grande importância à proteção dos recursos florestais. Atualmente, a área florestal do país atingiu 220 milhões de hectares, representando 5% da área florestal global", disse o responsável pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Ao longo de décadas, a China implementou sucessivamente projetos ecológicos importantes, como a reposição de terras agrícolas, florestas e pastagens, a construção do sistema de proteção florestal no norte, norderte e noroeste (três nortes), o controle da origem das tempestades de areia que afetavam Beijing e Tianjin, controle abrangente da desertificação rochosa, e a construção de zonas de proteção proibidas em terrenos arenosos e parques nacionais desérticos. A assinatura da "Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação", promulgação e implementação da "Lei de Prevenção e Controle da Desertificação" constituem reforços ao nível legal. Enquanto isso, um grande número de empresas líderes e modelos de controle de desertificação participaram ativamente, e o público em geral reagiu com entusiasmo, fazendo com que a extensão verde ganhasse terreno no país e as dunas de areia tenham começado a retroceder.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, comentou que a China assumiu a liderança na contenção da degradação da terra em todo o mundo e na "redução dupla" da área de terras desertificadas, fazendo grandes contribuições para a realização global das metas das Nações Unidas para 2030.

De acordo com as estatísticas, mais de 2 bilhões de pessoas em 167 países e regiões estão ameaçadas pela desertificação. Nos últimos anos, os intercâmbios e a cooperação na prevenção e controle da desertificação em países e regiões participantes na Iniciativa do Cinturão e Rota foram continuamente fortalecidos, e as tecnologias avançadas da China e modelos de governança para prevenção e controle da desertificação foram promovidos. Em dezembro de 2019, o primeiro centro internacional de gestão do conhecimento para prevenção e controle da desertificação, que a China e o Secretariado da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação assinaram e co-construíram, foi inaugurado em Ningxia, e o primeiro curso de treinamento internacional foi realizado. Participaram, no total, 21 quadros internacionais de 15 países.

O controle da areia é tanto uma questão de sobrevivência como de desenvolvimento. O objetivo final é permitir que as pessoas nas áreas desérticas tenham uma vida melhor. As áreas arenosas e rochosas alvo de desertificação da China abrigam quase dois terços dos condados atingidos pela pobreza e quase 80% da população pobre. Elas não são meramente áreas-chave para o reforço ecológico, mas também o principal campo de batalha para o alívio da pobreza. A China estabeleceu um mecanismo cooperativo de "apoio à política governamental, investimento industrializado por empresas, participação no mercado de fazendeiros e pastores e inovação tecnológica contínua" e embarcou em um caminho de desenvolvimento sustentável em que o investimento é lucrativo, os agricultores têm renda e o ambiente ecológico é garantido.

Um membro do parlamento cambojano revelou o objetivo de apresentar o conceito chinês de proteção ambiental e desenvolvimento ao Camboja e aplicá-lo à luz das condições locais. “Melhorar o ambiente ecológico não só pode aumentar a produção alimentar, mas também ajudar as pessoas a erradicar a pobreza”, afirmou. 

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