Chen Xu
Um trem China-Europa com suprimentos anti-epidêmicos parte da estação ferroviária de Haicang em Xiamen para Duisburg, Alemanha, a 21 de abril de 2021. Zhuang Jianhua/Diário do Povo Online
Este ano marca o 100º aniversário da fundação do Partido Comunista da China (PCCh) e o 50º aniversário da restauração da China ao seu assento legal na Organização das Nações Unidas (ONU).
A China é um membro fundador da ONU. Em 26 de junho de 1945, a delegação chinesa que inclui o representante do PCCh, Dong Biwu, foi a primeira a assinar a "Carta das Nações Unidas". Em abril de 1954, o então premier e ministro das Relações Exteriores chinês, Zhou Enlai, liderou uma delegação chinesa para participar da Conferência de Genebra, demonstrando a política externa pacífica e o novo estilo diplomático da Nova China. Genebra também é conhecida como o berço da diplomacia multilateral da Nova China.
Para restaurar seus direitos legais na ONU, a China perseverou em sua luta e escreveu um capítulo inesquecível na história da diplomacia da Nova China. Em 25 de outubro de 1971, a 26ª Assembleia Geral da ONU aprovou a Resolução 2.758 por maioria esmagadora, decidindo restaurar o assento legal da República Popular da China na ONU.
Nos últimos 50 anos, a China expôs ativamente seus principais pontos de vista e propostas políticas sobre a situação internacional e fez uma voz retumbante na diplomacia chinesa para o mundo.
Desde 2012, o presidente Xi Jinping proferiu, inúmeras vezes, importantes discursos sobre plataformas de mecanismos multilaterais como a ONU, e apresentou uma série de novas ideias, iniciativas e propostas com características chinesas, em linha com as expectativas internacionais e em sintonia com a tendência histórica, proporcionando importantes orientações estratégicas para a promoção, prática e desenvolvimento do multilateralismo.
Em 2017, o presidente Xi Jinping fez um discurso histórico intitulado "Construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade" na sede da ONU em Genebra, que despertou respostas generalizadas e entusiásticas na comunidade internacional.
Em 2021, o presidente Xi Jinping fez um discurso especial intitulado "Deixe a Tocha do Multilateralismo Iluminar o Caminho Adiante da Humanidade" no Evento Virtual da Agenda de Davos do Fórum Econômico Mundial, que apontou a direção para a promoção e desenvolvimento do multilateralismo.
Nesses últimos 50 anos, a China participou de maneira integral nos assuntos multilaterais das Nações Unidas e tem demonstrado sua responsabilidade como grande potência no cenário mundial.
A China aderiu a quase todas as organizações internacionais intergovernamentais universais, assinou mais de 600 convenções internacionais e seu status e influência nas Nações Unidas e na comunidade internacional têm continuado a aumentar.
A China participou ativamente das operações de manutenção da paz da ONU, promove a solução política de questões regionais e faz contribuições notáveis para a manutenção da paz e segurança internacionais.
A China cumpriu sinceramente seus compromissos de ingressar na Organização Mundial do Comércio, melhorou continuamente o nível de abertura e injetou o ímpeto na promoção da globalização econômica e do crescimento econômico mundial.
A China apresentou uma importante iniciativa para construir conjuntamente a Iniciativa do “Cinturão e Rota”, promoveu ativamente a cooperação Sul-Sul e o diálogo Norte-Sul e alcançou, dez anos antes do previsto, as metas de redução da pobreza da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
A China realizou ativamente a cooperação internacional em resposta à epidemia de Covid-19, promoveu a construção de uma comunidade de saúde humana e desempenhou um papel principal na resposta à crise global de saúde pública.
Como enviado ao exterior e diplomata multilateral, tive a sorte de ser uma testemunha da participação da China nos assuntos da ONU em muitas ocasiões. Em assuntos diplomáticos multilaterais em vários campos, experimentei pessoalmente a alegria do sucesso na diplomacia multilateral da China, sinto profundamente as mudanças históricas nas relações da China com as Nações Unidas. Também me torno mais consciente das sagradas responsabilidades e missão de estar na linha de frente da diplomacia multilateral.
A China de hoje está se aproximando do centro do cenário mundial. A China usará o pensamento diplomático de Xi Jinping como guia, realizará ativamente a diplomacia multilateral, praticará vigorosamente o multilateralismo, salvaguardará firmemente os interesses nacionais e continuará a se esforçar para alcançar novos e melhores resultados.
(O autor é o Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, Representante Permanente da República Popular da China no Escritório das Nações Unidas em Genebra e em outras organizações internacionais na Suíça.)
