Confiança dos consumidores brasileiros cai em setembro a seu menor patamar desde abril

Fonte: Xinhua    27.09.2021 08h40

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 6,5 pontos de agosto para setembro deste ano devido a fatores como a alta da inflação e a taxa de desemprego que persistem no país, segundo informou nesta sexta-feira a FGV.

Com isso, o indicador atingiu 75,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor patamar desde as 72,1 unidades registradas em abril deste ano.

"A confiança dos consumidores brasileiros caiu expressivamente em setembro, confirmando a interrupção da tendência de recuperação iniciada em abril, após a segunda onda da COVID-19", ressaltou a FGV.

A queda foi determinada pela "combinação de fatores que já vinham afetando a confiança em meses anteriores, como a inflação e desemprego elevados, e de novos fatores, como o risco de crise energética e o aumento da incerteza econômica e política com impacto mais acentuado sobre as expectativas em relação aos próximos meses".

Houve piora tanto na percepção dos consumidores brasileiros sobre as expectativas em relação aos próximos meses como também em relação à situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1 ponto em setembro, para 68,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 9,8 pontos, para situar-se em 81,1 pontos, menor patamar desde abril.

"O pessimismo é maior entre as famílias de menor poder aquisitivo, cujas expectativas em relação à evolução da situação econômica são as piores desde abril de 2016, mas está também bastante disseminado entre todas as faixas de renda", acrescentou a Fundação Getúlio Vargas.

A alta inflação, perto de 10%, bem como uma taxa de desemprego superior a 14% fizeram com que os índices de confiança na economia no Brasil, seja dos consumidores, dos comerciantes e dos empresários, que estavam subindo junto com a recuperação econômica do país, recuassem nos últimos meses.

Isso também afeta as previsões sobre a expansão econômica do Brasil este ano, que inicialmente estava próxima aos 6% e atualmente, segundo o mercado financeiro, está de 5,3%.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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