Chefe humanitário da ONU está no Afeganistão para negociações com Talibã

Fonte: Xinhua    08.09.2021 09h52

O secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, a Cabul para negociações com a liderança do Talibã, disse o porta-voz de Guterres no domingo.

"A pedido do secretário-geral, Martin Griffiths está atualmente em Cabul. Durante sua visita hoje (domingo), o sr. Griffiths se reuniu com Mullah Baradar e a liderança do Talibã em Cabul para conversar com as autoridades sobre questões humanitárias", disse o porta-voz, Stephane Dujarric, em um comunicado.

Nesta reunião, Griffiths reiterou o compromisso da comunidade humanitária em fornecer assistência humanitária imparcial e independente e proteção para milhões de pessoas necessitadas, afirmou o comunicado.

Griffiths enfatizou o papel crítico das mulheres na entrega de ajuda e apelou a todas as partes para garantirem os seus direitos, segurança e bem-estar. Ele pediu que todos os civis, especialmente mulheres, meninas e minorias tenham proteção em todos os momentos. Ele expressou sua solidariedade com o povo do Afeganistão, disse.

As autoridades prometeram que a segurança do pessoal humanitário e o acesso humanitário às pessoas necessitadas serão garantidos e que os trabalhadores humanitários, tanto homens como mulheres, terão liberdade de movimento garantida. As autoridades prometeram cooperar com a comunidade humanitária para garantir que a assistência seja entregue ao povo do Afeganistão, segundo o comunicado.

Outras reuniões são esperadas nos próximos dias, afirmou.

Griffiths também se reunirá e transmitirá seus agradecimentos em nome da Organização das Nações Unidas a representantes de organizações humanitárias, tanto agências da ONU quanto organizações não-governamentais, que continuam operando no país e ajudaram 8 milhões de pessoas este ano, afirmou o comunicado.

Atualmente, metade da população no Afeganistão, 18 milhões de pessoas, precisa de ajuda humanitária para sobreviver. Um terço não sabe de onde virá sua próxima refeição. Mais da metade de todas as crianças menores de 5 anos correm o risco de desnutrição aguda. Uma seca severa, a segunda em quatro anos, contribuirá ainda mais para a fome nos próximos meses. Agora, mais do que nunca, o povo do Afeganistão precisa do apoio e da solidariedade da comunidade internacional, afirmou.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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