Beijing tem menos fontes locais de poluição por PM2,5

Fonte: Xinhua    07.09.2021 10h52

A quantidade absoluta de poluição local por PM2,5 em Beijing vem diminuindo, enquanto a transmissão regional das partículas poluentes aumentou, aponta um relatório divulgado nesta segunda-feira.

Liu Baoxian, diretor do Centro Municipal de Monitoramento Ecológico e Ambiental de Beijing, divulgou novos resultados de análise sobre fontes de PM2,5 em Beijing no Fórum Internacional de Ações Metropolitanas de Ar Limpo e Clima de Beijing durante a Feira Internacional de Comércio de Serviços da China.

O PM2,5 se refere a partículas aéreas menores que 2,5 micrômetros de diâmetro e representa sérios riscos à saúde. Devido às suas origens muito complicadas, a análise de uma fonte é fundamental para determinar os principais objetivos e prioridades no controle da poluição.

O relatório revela que as emissões locais de PM2,5 representaram 60% do total, principalmente de fontes móveis, como veículos a diesel e gasolina, fontes cotidianas, como uso de solventes, reparo de automóveis e bufê, poeira e fontes industriais.

A transmissão regional de PM2,5 representou os 40% restantes, quase 10% acima da análise de 2018. Os números subiram para mais de 60% durante dias altamente poluídos.

Com a otimização do consumo de energia e a modernização das estruturas industriais, as características de poluição de Beijing estão se tornando semelhantes às das megacidades do mundo, avaliou Liu.

Ele ressaltou a importância da continuidade da gestão dos veículos a diesel e dos compostos orgânicos voláteis (COV) nas emissões locais.

A cooperação regional, especialmente o mecanismo coordenado de controle da poluição atmosférica de Beijing-Tianjin-Hebei, também foi destacada no relatório dado o impacto crescente da transmissão regional da poluição de PM2,5.

O relatório também menciona que as tecnologias de inteligência artificial, Internet das Coisas, blockchain e análise de big data devem ser melhor utilizadas para aumentar o controle eficiente e preciso da poluição.

A análise recém-lançada é o terceiro relatório desse tipo realizado por universidades e instituições de elite entre janeiro de 2020 e junho de 2021, patrocinado pelo Centro Nacional de Pesquisa Conjunta para Enfrentar Problemas-Chave no Controle da Poluição Atmosférica e pelo Governo Municipal de Beijing. Anteriormente, a cidade realizou duas rodadas de análises entre 2012 e 2013, e 2017 e 2018.

Segundo dados oficiais, a concentração média de PM2,5 em Beijing foi de 38 microgramas por metro cúbico em 2020, o menor desde que os dados foram coletados pela primeira vez em 2013. A cidade também teve 276 dias com boa qualidade do ar no ano passado, um aumento de 100 dias em relação a 2013. Foram apenas 10 dias de forte poluição do ar, contra 58 em 2013.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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