A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, pediu nesta quinta-feira que os países relevantes defendam o estado de direito, respeitem a soberania judicial chinesa e parem de fazer comentários irresponsáveis.
Os comentários foram feitos depois que o Canadá lançou acusações contra os veredictos da China nos casos de dois cidadãos canadenses. Michael Spavor foi condenado a 11 anos de prisão por espionagem e Robert Lloyd Schellenberg foi condenado à morte por tráfico de drogas. A União Europeia e a Grã-Bretanha expressaram seu apoio ao Canadá.
O Canadá está se unindo a um punhado de países para confundir o certo e o errado, sem levar em conta os fatos. Eles estão acusando o tratamento legal dos tribunais relevantes de casos envolvendo cidadãos canadenses na China, o que interfere gravemente na soberania judicial chinesa e viola gravemente o espírito do Estado de direito. A China condena veementemente isso, disse Hua.
Schellenberg estava envolvido no tráfico internacional de drogas organizado e no contrabando de mais de 222 quilos de metanfetamina. A quantidade de drogas envolvida neste caso é particularmente grande, destacou Hua.
Michael Spavor foi processado por suspeita de cometer crimes que minam a segurança nacional da China, e seu caso foi ouvido em março deste ano de acordo com a lei.
Tribunais chineses relevantes pronunciaram suas sentenças em público, de acordo com a lei, com base no julgamento e investigação dos crimes. Todos os direitos legais dos dois indivíduos foram totalmente garantidos, apontou Hua.
Nenhuma identidade estrangeira pode funcionar como um "talismã", alertou ela, acrescentando que a China é um país sob o domínio da lei, e as autoridades judiciais tratam todos os criminosos como iguais e tratam todos os casos em estrita conformidade com a lei, independentemente da nacionalidade.
Por um lado, o Canadá afirma ser um defensor do Estado de direito e da independência judicial, mas, por outro, interfere abertamente no tratamento independente dos casos pelas autoridades judiciais chinesas de acordo com a lei, salientou ela.
O Canadá atropela descaradamente o princípio de que todos devem ser iguais perante a lei, expondo totalmente sua hipocrisia de padrões duplos e sua verdadeira intenção de politizar as questões jurídicas, acusou Hua.
"As tentativas de conduzir a 'diplomacia por megafone' e atacar a China fracassaram no passado e nunca terão sucesso no futuro", ressaltou ela.