O plano da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segunda fase de estudos sobre a origem da Covid-19 é politizado e falta um espírito de cooperação, disse o porta-voz da Embaixada Chinesa no Reino Unido.

Em resposta à questão da rejeição da China sobre o plano de trabalho da OMS, o porta-voz disse que o plano "foi fortemente interrompido pela politização e o documento perdeu princípios científicos e careceu do espírito de cooperação".

"Este plano de trabalho ainda listou a hipótese de que ‘a violação chinesa de protocolos de laboratório havia ocasionado o vazamento do vírus’ como uma prioridade de pesquisa", apesar do fato de que o relatório de missão conjunta da OMS-China concluiu claramente que "vazamento de laboratório extremamente improvável", disse.

"As pessoas não podem deixar de pensar que este plano de trabalho é feito para ecoar 'a teoria do vazamento de laboratório' defendida por certos países, como os Estados Unidos. E a falta de transparência no processo de elaboração também adicionou à suspeita de que o plano de trabalho é um produto da manipulação política", acrescentou.

Este plano de trabalho, apresentado unilateralmente pelo Secretariado da OMS, é incompatível com os requisitos da resolução da 73ª Sessão da Assembléia Mundial da Saúde, que claramente estipula que o secretário-geral da OMS continuará a trabalhar com os Estados membros para identificar a fonte zoonótica do vírus e a rota de transmissão aos humanos.

Isso significa que a formulação do plano de trabalho do rastreamento de origem deve ser conduzido pelos Estados membros da OMS, e a OMS precisa chegar a um consenso com seus Estados membros, afirmou.

O rastreamento da origem é uma questão científica que requer a cooperação dos cientistas globais, acrescentou.

"Esperamos que a OMS possa aderir ao espírito de ciência, profissionalismo e objetividade e trabalhar com a comunidade internacional para defender conjuntamente a integridade científica da origem, resistir à politização e salvaguardar a atmosfera sólida da cooperação global anti-epidêmica", observou o porta-voz .