A China insta os Estados Unidos a pararem imediatamente de interferir nos assuntos de Hong Kong, que são assuntos internos da China, e o lado chinês tomará todas as medidas necessárias de acordo com a lei para defender sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, disse neste sábado um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

O porta-voz fez as observações depois que o governo dos EUA emitiu o chamado "Hong Kong Business Advisory" e impôs sanções a sete funcionários do Escritório de Ligação do Governo Popular Central na Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong.

Hong Kong faz parte da China e seus assuntos são puramente internos da China, disse o porta-voz em uma declaração, observando que as forças externas que tentam se intrometer nos assuntos de Hong Kong se encontrarão em uma situação "como formiguinhas tentando sacudir uma árvore imponente".

Os EUA criaram o chamado "Hong Kong Business Advisory" para difamar sem fundamento o ambiente de negócios de Hong Kong e impuseram sanções ilegais a vários funcionários do Escritório de Ligação do Governo Popular Central na RAE de Hong Kong, disse o porta-voz, salientando que esses atos violam gravemente o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais, e interferem gravemente nos assuntos internos da China.

"A China se opõe firmemente e condena veementemente isso", disse o porta-voz.

A China adere à política de "um país, dois sistemas" sob a qual o povo de Hong Kong administra Hong Kong com um alto grau de autonomia, disse o porta-voz, salientando que desde a implementação da Lei sobre a Salvaguarda da Segurança Nacional na RAE de Hong Kong, a estabilidade social foi restaurada em Hong Kong, o Estado de Direito foi mantido e o desenvolvimento retomou o caminho certo.

Os residentes de Hong Kong gozam de direitos e liberdades de acordo com a lei, e os investidores estrangeiros desfrutam de um ambiente comercial com maior segurança, estabilidade e previsibilidade, disse o porta-voz.

O porta-voz observou que um relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) não há muito tempo reconheceu mais uma vez o status de Hong Kong como um centro financeiro global. Recentes reportagens da mídia têm mostrado uma ampla objeção à emissão pelo governo dos EUA da chamada consultoria empresarial entre a comunidade empresarial americana em Hong Kong, acrescentou.

Entretanto, o governo dos Estados Unidos, fechando os olhos para os fatos e ignorando o apelo da comunidade empresarial, tenta usar a chamada assessoria empresarial para ofuscar as perspectivas de Hong Kong e intimidar os investidores estrangeiros em Hong Kong, de acordo com o porta-voz.

"Isto mais uma vez expôs a intenção sinistra dos EUA de minar a estabilidade e prosperidade de Hong Kong, interferir nos assuntos internos da China e impedir o desenvolvimento chinês", disse.

A desprezível conspiração dos EUA não chegará a lugar algum, disse o porta-voz, enfatizando que Hong Kong certamente terá um futuro mais brilhante".

"As chamadas sanções impostas pelos EUA não passam de um mero papel desperdiçado", disse o porta-voz, acrescentando que é simplesmente ilusório acreditar que a China se curvará às sanções.

Nos últimos anos, a China lutou resolutamente contra a máxima imposição de sanções por parte dos EUA, com fortes contramedidas, observou o porta-voz.

"Se os Estados Unidos estão empenhados em continuar com tais truques, vamos continuar jogando até o final", acrescentou.