China permanecerá como principal contribuinte para crescimento do comércio global em 2022, diz especialista

Fonte: Xinhua    12.07.2021 10h04

A China continuará a ser um dos principais contribuintes para o crescimento do comércio mundial no próximo ano, graças à força contínua na demanda doméstica e na demanda de importação impulsionada por encomendas de exportação robustas, avaliou um especialista da empresa de pesquisa de investimentos MRB Partners.

"Está claro que a China continuará a fornecer apoio sólido à expansão econômica global no futuro próximo, devido principalmente ao consumo", disse Mehran Nakhjavani, sócio de mercados emergentes da MRB Partners, em recente nota de pesquisa.

Os Índices de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), o indicador de atividade econômica autodesenvolvido pela MRB e o indicador alternativo sobre consumo de eletricidade, carga ferroviária e empréstimos bancários todos sugeriram que o ímpeto econômico chinês atingiu um pico no geral, de acordo com Nakhjavani.

As vendas no varejo de vários alimentos na China atingiram um pico e estão crescendo, enquanto ainda se expandem a um ritmo mais rápido do que o experimentado antes da pandemia, observou Nakhjavani.

O retorno aos níveis de consumo "normais" é sustentado pela eliminação da inflação dos preços dos alimentos, que tem agido como um vento contrário aos gastos livres, uma vez que os alimentos representam um grande peso na cesta de consumo das famílias, disse Nakhjavani.

No geral, as vendas no varejo na China em maio foram 9,3% maiores do que há dois anos, com as online subindo 32% e as negociações de automóveis crescendo 15% em relação ao mesmo período de 2019, de acordo o Departamento Nacional de Estatísticas da China.

O desempenho real do comércio exterior chinês é consistente com um retorno ao normal antes das rupturas duplas (guerra tarifária liderada pelos EUA e a pandemia do coronavírus), disse Nakhjavani, acrescentando que os dados comerciais continuam a ser obscurecidos pelos efeitos de base e pela desvalorização do dólar americano no último ano.

"O PMI para as encomendas de exportação de manufatura permanece no território expansionista e perto de uma alta de seis meses, o que é um sinal encorajador para o comércio global", indicou Nakhjavani.

O índice de volume que mede as exportações por transportes de contêiner também recuou de seu pico e está se expandindo a um ritmo consistente da normalidade pré-pandemia, disse ele.

Se não houvesse gargalos logísticos que provocaram um disparo no custo desses contêineres, a movimentação nos portos chineses teria sido mais robusta, acrescentou Nakhjavani.

A MRB Partners continua a classificar as ações chinesas como sobrepeso dentro de uma carteira de ações de mercados emergentes, pois o impacto das expectativas de lucro recalibradas sobre as ações de grandes empresas desaparecerá e o impulso econômico subjacente garantirá um apoio de crescimento firme de lucros para as ações chinesas.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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