A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 37,5 bilhões no primeiro semestre, melhor resultado da série histórica iniciada em 1997, informou nesta quinta-feira a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
O superávit do primeiro semestre é 68,2% superior ao do mesmo período de 2020, quando somou US$ 22,3 bilhões.
No primeiro semestre, as exportações cresceram 35,8%, totalizando US$ 136,7 bilhões, e as importações aumentaram 26,5%, alcançando US$ 99,2 bilhões.
Em junho, o saldo da balança comercial chegou a US$ 10,3 bilhões, também o melhor resultado para o mês.
As exportações subiram para US$ 28,2 bilhões no mês passado e as importações, US$ 17,7 bilhões, com um aumento de 60,8% nas exportações e de 61,5% nas importações, comparado ao mesmo mês de 2020.
O superávit comercial de junho é 59,5 % maior do que o registrado em junho de 2020, quando houve um superávit de US$ 6,5 bilhões.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior, Herlon Brandão, esta foi a primeira vez que o Brasil registrou um superávit comercial superior a US$ 10 bilhões em um mês.
"A balança comercial é um recorde para os meses de junho e para qualquer mês do ano", afirmou.
O bom resultado está relacionado à forte demanda mundial por commodities, como alimentos, petróleo e minério de ferro, produtos que o Brasil é grande exportador.
Brandão explicou que esses produtos foram beneficiados pelo aumento dos preços internacionais, bem como pelo crescimento dos volumes exportados.
A China e os Estados Unidos foram os principais destinos das exportações brasileiras.
Já do lado da importação, o principal fator que explica o aumento das compras internas é o crescimento da atividade econômica brasileira. "Demandamos mais insumos e matérias primas, o Brasil tem produção agrícola crescente que requer a importação de adubos, fertilizantes, a indústria de eletroeletrônicos demanda componentes importados", comentou Brandão.