China participa de estudo de rastreio global do coronavírus: mercado de mariscos de Huanan poderá não ser origem da pandemia

Fonte: Diário do Povo Online    09.06.2021 10h08

Na noite de 8 de junho, o relatório da secção da China do estudo de rastreio global do novo coronavírus, convocado pela OMS, foi divulgado ao público. O relatório aponta que o mercado de mariscos de Huanan poderá não ser a origem da epidemia, sendo que nenhuma conclusão definitiva pode ser tirada neste momento.

O relatório apurou que, apesar muitos dos primeiros casos estarem relacionados com o mercado de Wuhan, um número semelhante estava relacionado com outros mercados, e inclusive foram detetados casos sem relação com nenhum mercado, o que pode indicar que aquele local não é a origem da pandemia.

O documento aponta que, no entanto, outros casos mais brandos não confirmados podem fornecer uma ligação entre o mercado de marisco de Huanan e as primeiras infeções detetadas. Portanto, ainda não é possível tirar conclusões definitivas sobre o seu papel na origem da epidemia ou como a infeção poderá ter despoletada no mercado.

A cadeia de abastecimento do mercado de Huanan inclui produtos da cadeia de congelados de origem animal de 20 países. Alguns desses países relataram amostras positivas do coronavírus de antes do final de 2019. Há evidências de que alguns produtos de espécies de animais silvestres comercializados no mercado são suscetíveis ao novo coronavírus. Porém, neste estudo, não foram detetados resultados positivos nas amostras de animais obtidas no mercado.

A pesquisa demonstrou que os vírus podem sobreviver por muito tempo em baixas temperaturas e, portanto, podem ser transportados por longas distâncias através do congelamento. A resistência do vírus em diferentes temperaturas está ainda sendo estudada.

Estudos epidemiológicos comprovaram que o risco relativo de casos em bancas de venda de produtos congelados é maior que nas restantes. Uma análise mais aprofundada é necessária para determinar a correspondência espaço-temporal e corrigir o viés potencial na amostragem. Outros estudos incluem o rastreio de produtos da cadeia de congelados importados de áreas onde amostras positivas do novo coronavírus foram relatadas antes do final de 2019, e a averiguação do processo de manuseamento de congelados nos locais de abastecimento, por meio de entrevistas com fornecedores. 

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos