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China e CEECs estão prontos para co-desenvolvimento, apesar do ruído esporádico

Fonte: Diário do Povo Online    08.06.2021 10h37

Por Wang Qi em Beijing e Chu Daye em Ningbo

Segunda Exposição China-Países da Europa Central e Oriental e a Feira Internacional de Produtos de Consumo em Ningbo, província de Zhejiang, no leste da China. Foto: Chu Daye / GT

Com mais de 2.000 expositores e 6.000 compradores esperados, a 2ª Exposição China-Países da Europa Central e Oriental (CEEC, sigla em inglês) e a Feira Internacional de Produtos de Consumo serão realizadas em Ningbo começam hoje (8), tendo como pano de fundo a instigação de alguns políticos de um roadshow anti-China , que os especialistas descreveram como uma tentativa abortiva em face de uma trajetória crescente de negócios e laços econômicos entre a China e os CEECs.

Jinhua, uma cidade em Zhejiang, lançou um serviço de trem de carga ferroviária para Budapeste, Hungria, na segunda-feira (7), antes da grande exposição comercial, segundo noticiou o Global Times.

A exposição, que deve ser realizada em Ningbo, província de Zhejiang, no leste da China, de terça (8) a sexta-feira (11), foi organizada pelo Ministério do Comércio da China e pelo governo provincial de Zhejiang. Mais de 260 representantes estrangeiros, instituições e empresas participarão da exposição, incluindo mais de 40 embaixadores e cônsules gerais.

A exposição foi projetada para explorar oportunidades e impulsionar o comércio de bens de consumo e serviços com as nações da Europa Central e Oriental. Exportadores e importadores da China e CEECs em áreas que vão desde agricultura e maquinário a equipamentos e fabricação de automóveis mostraram interesse em aprofundar a cooperação por meio do evento .

Wang Jian, um funcionário do departamento de comércio de Zhejiang, disse na segunda-feira que a exposição é a única feira de nível nacional voltada para os CEECs e criou uma plataforma para cooperação entre pequenas empresas.

Dados oficiais obtidos mostram que de janeiro a abril de 2021, o comércio exterior de Zhejiang aumentou significativamente, entre os quais as importações de 17 CEECs foram de 4,07 bilhões de yuans (US $ 636 milhões), um aumento de 117,2%.

"Nos próximos cinco anos, importaremos US$ 20 bilhões em mercadorias dos CEECs e dobraremos nossas importações agrícolas ... a exposição é a melhor plataforma para Zhejiang expandir as compras de importação", disse Wang, observando que a província busca também fortalecer a cooperação com os CEECs em ciência e tecnologia, educação, cultura, turismo e esportes.

Apesar das perspectivas consideráveis de cooperação, a exposição foi ofuscada pelos comentários anti-China de alguns políticos dos CEECs em meio à divisão política em alguns desses países, o que levou a uma tendência de politização da cooperação com a China.

A Hungria usou seu poder de veto pela terceira vez em dois meses para impedir a União Europeia de emitir a chamada declaração relacionada a Hong Kong na sexta-feira; no entanto, o prefeito de Budapeste, Gergely Karacsony, fez constantes barulhos anti-China contra a construção de uma filial da Universidade Fudan da China em Budapeste, de acordo com relatos da mídia.

Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse no final de maio que a China se opõe firmemente à grande interferência da Lituânia nos assuntos internos da China, em resposta ao congresso do país, que afirmou que a China está cometendo "genocídio" contra a minoria uigur e apelou à China que revogue as leis de segurança nacional de Hong Kong.

Nenhum estande de exibição da Lituânia em uma pré-turnê foi encontrado pelo Global Times na segunda-feira. O país abandonou o mecanismo 17+1 liderado pela China devido ao que seus funcionários chamaram de "benefícios menores do que o esperado".

Apesar do soluço, um número crescente de empresas europeias está de olho na grande oportunidade de comércio e cooperação econômica entre a China e os CEECs. Leon Meredyk, gerente de desenvolvimento de negócios da empresa comercial polonesa Vici Group que exportou 2.200 toneladas de produtos lácteos para a China em 2020, afirmou que mais e mais empresas polonesas estão olhando para o enorme mercado chinês como seu motor de crescimento futuro, segundo noticiou o Global Times.

"Tendo apenas feito nossa entrada no mercado chinês em 2013, o mercado chinês agora representa cerca de metade de nossas exportações", disse Meredyk, acrecentando que a cada ano a espectativa é de crescimento anual de 100%, de acordo com o Global Times.

Wang Yiwei, diretor do Instituto de Estudos Europeus da Universidade Renmin da China, disse à mídia que muitos países europeus enfrentam vários desafios em termos de combate à epidemia, recuperação econômica e redução das emissões de carbono. Lidar com esses desafios exige mais investimento e cooperação, e a China pode ser um parceiro abrangente e responsável.

Apesar das divisões políticas dentro de alguns países e da visão altamente politizada da cooperação China-UE de alguns políticos, a China irá manter a calma e aderir ao princípio de que a estrutura de cooperação da China é inclusiva, aberta, transparente e de alto padrão, disse Wang.

Se a exposição em Ningbo for bem-sucedida, países como a Lituânia podem ser tentados novamente e, à medida que esse tipo de cooperação crescer, os políticos europeus vão pensar seriamente sobre por que estão sendo usados por outros países contra a China, disse o especialista.

Em fevereiro, a China anunciou que importaria mais de US $ 170 bilhões em mercadorias dos CEECs nos próximos cinco anos.

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