A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, mencionou em uma recente coletiva à imprensa o livro alemão "A Superpotência Hipócrita". Este livro não apenas expõe como a elite estadunidense utiliza a imprensa para manipular a opinião pública, mas também acusa a imprensa de muitos países ocidentais de ter perdido a capacidade de pensar independentemente sob a hegemonia do discurso dos Estados Unidos.
O autor do livro, Michael Lüders, menciona que a mídia ocidental é, em sua maioria, de propriedade privada e os grupos de mídia servem à elite, fazendo reportagens tendenciosas.
Segundo o autor, a mídia estadunidense está sujeita a cinco "mecanismos de filtragem" e tem que selecionar e distorcer os fatos para produzir o chamado "consenso" para o público. O primeiro é que a maioria dos meios de comunicação é propriedade de consórcios e investidores, cuja vontade deve ser considerada na sua operação. O segundo é que, como a principal fonte de receita, os investidores e os anunciantes influenciam o conteúdo da mídia. O terceiro é que alguns grupos de interesse ajudam a mídia a reduzir o seu custo para poder cortar a fonte de informação quando a mídia divulga algumas notícias desfavoráveis. O quarto é intimidar a mídia com cartas e reclamações, assim como ações judiciais e legislativas. O quinto é simplificar e polarizar o mundo como uma luta entre "mocinhos" e "bandidos".
Segundo Michael Lüders, para os Estados Unidos e a União Europeia, os direitos humanos são apenas uma preocupação secundária. Ele pediu aos leitores que tenham seu próprio julgamento ao ler as notícias.
O autor menciona os casos sobre a China relatados pela mídia norte-americana nos últimos anos. Ele acredita que, como uma grande nação em ascensão, a China é naturalmente alvo de ataques de grupos de interesse e políticos estadunidenses.