Primeiros casos da variante indiana da COVID-19 são confirmados no Brasil

Fonte: Xinhua    21.05.2021 14h42

A Secretaria de Saúde do estado brasileiro do Maranhão (nordeste) confirmou nesta quinta-feira os primeiros casos oficiais no país da cepa indiana do vírus Sars-CoV-2, causador da COVID-19.

A informação foi divulgada em uma entrevista à imprensa pelo secretário Carlos Lula, que também é presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Os infectados são tripulantes de um navio procedente da África do Sul, fretado pela empresa Vale para transporte de carregamento de minério de ferro que deveria ter atracado no Porto da Madeira, em São Luís, capital do Maranhão.

Segundo Lula, 15 membros da tripulação contraíram o vírus e 14 deles estão isolados na própria embarcação, que está em alto mar, a cerca de 35 km de São Luís. Somente um tripulante de 54 anos, de nacionalidade indiana continua internado em um hospital privado da capital do Maranhão e seu quadro de saúde é estável.

Segundo o secretário, após a coleta de amostras, que foram analisadas pelo Instituto Evandro Chagas, foi confirmado que o tripulante internado e mais cinco estão com a variante indiana do coronavírus, chamada de B.1.617, que é mais transmissível e ainda não tinha sido registrada no país.

"A variante já estava presente em 51 países e aqui na América do Sul só estava presente na Argentina. O Brasil acaba sendo o segundo país da América do Sul com confirmação da cepa", disse o secretário.

Ainda segundo Carlos Lula, 100 pessoas que tiveram contato com os tripulantes infectados serão testadas, acompanhadas e isoladas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante indiana do novo coronavírus está sendo classificada como um tipo digno de preocupação mundial, devido apresentar uma ou duas mutações nos genes que codificam a espícula, proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

A OMS disse que a cepa B.1.617 foi identificada pela primeira vez na Índia em dezembro, embora tenha sido detectada uma versão anterior em outubro de 2020.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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