A inflação no Brasil subiu 0,31% em abril, comparada com março, embora tenha mostrado uma desaceleração com relação ao mês anterior, quando aumentou 0,93%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
O aumento da inflação em abril contrasta com a deflação que ocorreu no mesmo mês do ano passado, de -0,31%.
No acumulado do ano, o aumento dos preços no Brasil é de 2,37%, enquanto que nos últimos doze meses até abril, a subida foi de 6,76%, seu nível mais alto desde novembro de 2016 (6,99%).
Para este ano, o governo fixou uma meta para a inflação de 3,75%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que permite que o índice fique entre 2,25 e 5,25%.
Dos nove grupos analisados em abril, oito tiveram aumento dos preços, liderados pela saúde e cuidados pessoais (1,19%), devido a que o governo autorizou um reajuste dos preços, e pelo de alimentação e bebidas (0,40%). O único grupo cujos preços baixaram foi o de transportes (-0,08%).
"Isso tem a ver com os custos de produção, sobretudo pela ração animal feita com milho e soja, que são commodities que estão com os preços em alta", destacou o IBGE.
Para este ano, a expectativa do mercado financeiro é de uma inflação de 5,6%, ou seja, inferior ao teto da meta estabelecida pelo governo. Para alcançar a meta, o Banco Central tem alterado a taxa básica de juros, que na semana passada passou de 2,75 para 3,5% a fim de frear o aumento dos preços.
Em 2020, a inflação no Brasil foi de 4,52%, superior à meta do governo de 4%. Foi a maior inflação anual desde 2016.