A série de webinários intitulada "Cooperação Internacional na Medicina Tradicional contra COVID-19" teve início na quarta-feira, dia 5 de maio, contando com a participação de autoridades chinesas e brasileiras em sua cerimônia de abertura.
A série de seminários faz parte do projeto especial de cooperação internacional em medicina tradicional chinesa da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa (MTC) da China. Os temas dos quatro seminários são: cooperação antiepidêmica, cooperação comercial, cooperação industrial e cooperação educacional. No seminário, especialistas de instituições acadêmicas, empresas farmacêuticas, instituições médicas e instituições educacionais discutirão em conjunto a cooperação internacional antiepidêmica e trocarão experiências no tratamento da medicina tradicional, a fim de fortalecer a pesquisa e a educação e treinamento médicos entre a China e o Brasil.
Organizado conjuntamente pelo Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI) e pela Beijing Hengji Health Management and Development Foundation, o evento de abertura da série webinários foi iniciado com o discurso do Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro, Li Yang, que relembrou o relativo sucesso obtido pela China no controle da pandemia, ainda que seja necessário mais tempo até que a comunidade internacional como um todo derrote o vírus.
O cônsul-geral Li afirmou que o Brasil é rico em recursos de plantas medicinais e que a comunidade médica local tem muito interesse em utilizar a Medicina Tradicional Chinesa para lidar com doenças como a do novo coronavírus. Ele desejou que o seminário tenha sucesso em seus objetivos e que possa contribuir para a promoção da cooperação internacional antiepidêmica, além de aprofundar a parceria estratégica entre a China e o Brasil.
Também durante os discursos de abertura, o Diretor do Departamento de Cooperação Internacional da Administração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa da China, Wu Zhendou, observou que a experiência antipandêmica na China demonstrou que a combinação da medicina chinesa tradicional com a medicina ocidental resultou em ganhos estratégicos importantes na prevenção e no controle pandêmico.
Wu destacou a vontade chinesa em compartilhar conhecimentos no campo da medicina tradicional com seus colegas brasileiros, realizar pesquisas conjuntas sobre medicina tradicional, fortalecer a medicina tradicional nos dois países e ajudar o Brasil a superar completamente a epidemia de COVID-19 o mais rápido possível.
Em sua fala, a diretora do Beijing Hengji Health Management Development Foundation, Yang Ye, afirmou que a fundação Hengji fez o melhor uso possível das vantagens da capital chinesa em recursos da medicina chinesa durante a crise da pandemia. Além disso, Yang ressaltou a parceria com o consulado-geral da China no Rio de Janeiro para a realização de doações de suprimentos antiepidêmicos de medicina chinesa.
Representando a parte brasileira nos discursos de abertura, Thiago Coelho Toscano, presidente da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Minas Gerais, congratulou a China por ter rapidamente controlado a epidemia do novo coronavírus em seu território e destacou que o Brasil tem muito o que aprender com a experiência chinesa.
Toscano afirmou que o lado brasileiro espera aprender sobre as práticas relevantes da medicina chinesa na prevenção, diagnóstico e tratamento de novas doenças, além de fortalecer o intercâmbio e a cooperação com seus colegas chineses.