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Terceira onda da COVID-19 é inevitável na Índia, diz principal conselheiro científico

Fonte: Xinhua    06.05.2021 14h18

Uma terceira onda de surto da COVID-19 na Índia é inevitável devido aos elevados níveis do vírus em circulação, disse na quarta-feira o principal conselheiro científico do governo federal da Índia, K. Vijay Raghavan.

"Mas não está claro em que escala de tempo ocorrerá esta terceira fase. Devemos nos preparar para novas ondas. Surgirão novas variantes em todo o mundo e na Índia também, mas as variantes que aumentam a transmissão provavelmente se estabilizarão", disse aos jornalistas.

A Índia já se encontra sob uma segunda onda mortal do surto da COVID-19. O país relatou na quarta-feira o número recorde de 3.780 mortes em 24 horas, o que elevou o número de mortes para 226.188, enquanto 382.315 novos casos aumentaram a cifra total para 20.665.148.

Raghavan disse que as variantes do coronavírus se transmitem igual à cepa original.

"Elas não têm propriedades de novos tipos de transmissão. Infecta os seres humanos de uma maneira que o torna mais transmissível, já que entra, faz mais cópias e continua, igual ao original", disse o conselheiro científico.

De acordo com ele, as vacinas são eficazes contra as variantes atuais do vírus, e futuro, surgirão variantes que fujam da imunidade e que diminuam ou aumentem a gravidade da doença.

Cientistas da Índia e de todo o mundo trabalham contra estes tipos de variantes e atuam contra elas rapidamente mediante a alerta precoce e o desenvolvimento de ferramentas modificadas. "É um programa de pesquisa intenso levado a a cabo na Índia e no estrangeiro", disse Raghavan.

Em um intento de potencializar as infraestruturas e os serviços sanitários relacionados com a COVID-19 no país, o banco central, o Banco de Reserva da Índia, anunciou na quarta-feira uma nova injeção de liquidez de 50 mil crores de rúpias indianas (US$ 6,7 bilhões).

O presidente do Banco da Reserva da Índia, Shaktikanta Das, anunciou que sob este esquema os bancos podem conceder novos empréstimos a uma ampla gama de entidades, como fabricantes de vacinas, importadores e fornecedores de vacinas e dispositivos médicos prioritários, hospitais e dispensários, laboratórios de patologia, fabricantes e fornecedores de oxigênio e ventiladores, importadores de vacinas e medicamentos relacionados com a COVID-19, empresas de logística e também a pacientes para seu tratamento.

Segundo ele, os bancos são incentivados para que concedam rapidamente créditos sob o esquema mediante a ampliação da classificação do setor prioritário a esses empréstimos até 31 de março de 2022.

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