Soldados croatas participam do exercício militar "Resposta Imediata 2019" para marcar o 10º aniversário da adesão da Croácia à OTAN em Slunj, na Croácia, 29 de maio de 2019.
A Otan começou a retirada de sua missão do Afeganistão após a decisão do presidente Joe Biden de deixar as forças dos EUA voltarem para casa, disse um oficial da aliança na quinta-feira (29).
"Os Aliados da OTAN decidiram em meados de abril iniciar a retirada das forças da Missão de Apoio Resoluto até 1º de maio e essa retirada já foi iniciada. Este será um processo ordenado, coordenado e deliberado", disse um oficial da OTAN à agência de notícias AFP.
Membros da aliança apoiada pelos Estados Unidos concordaram neste mês em encerrar sua missão no Afeganistão, que tem o contigente de 9.600 homens, depois que Biden fez o apelo para encerrar a guerra mais longa de Washington.
A decisão, que atrasou por vários meses o prazo acordado pelo ex-líder dos EUA Donald Trump, ocorreu apesar dos temores de que poderia permitir ao Talibã retomar o poder no país.
O oficial da OTAN informou que a segurança das tropas da aliança "será uma prioridade máxima em cada etapa do caminho, e estamos tomando todas as medidas necessárias para proteger nosso pessoal".
"Qualquer ataque do Talibã durante a retirada terá uma resposta enérgica. Planejamos ter nossa retirada concluída dentro de alguns meses", disse o oficial, recusando-se a dar mais detalhes sobre o cronograma.
Biden afirmou que a retirada dos Estados Unidos seria concluída em 11 de setembro, vigésimo aniversário dos ataques de 11 de setembro aos Estados Unidos, que desencadearam seu envolvimento militar no Afeganistão.
O Ministério da Defesa da Alemanha afirmou que planeja retirar 1.300 soldados do país no início de julho.
A missão de treinamento e apoio da OTAN, que inclui cerca de 2.500 soldados dos EUA e depende fortemente dos meios militares de Washington, conta com pessoal de 36 nações membros da aliança e países parceiros.
Os EUA informaram que estão temporariamente destacando tropas extras para proteger as forças internacionais durante a retirada e prolongaram a presença de um porta-aviões na região para apoiar a operação.