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Um especialista em navegação sul-africano disse na sexta-feira (26), em uma entrevista à mídia que, conforme o atraso continua, muitos navios em espera precisam considerar o custo do atraso e os requisitos de pontualidade da carga. Portanto, se o bloqueio do Canal de Suez não puder ser removido o mais rápido possível, um desvio pelo Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, se tornará o último recurso para muitos navios de carga.
O "bloqueio" afetou a oferta de petróleo, gás natural e cobre no mercado global, até ameaça a produção de papel higiênico. "Pode-se dizer que o bloqueio do Canal de Suez atrapalhou o ritmo das operações marítimas globais", disse Wu Minghua, analista de navegação sênior de Shanghai, ao Global Times na sexta-feira (26). De acordo com o progresso atual do incidente no Egito, se não houver mais profissionais e equipamentos envolvidos, o bloqueio durará de 10 a 14 dias, o que resultará num grande impacto no comércio marítimo global.
O New York Times descreveu o cargueiro na sexta-feira (26) como "uma grande baleia encalhada na praia", bloqueando um importante canal do comércio global.
O jornal "Financial News" do Egito informou que cerca de 30% do petróleo mundial é transportado através do Canal de Suez. Ou seja, se o Canal de Suez for suspenso por um dia, o transporte de milhões de barris de petróleo será atrasado, causando prejuízos para empresas e clientes.
Especialistas entrevistados pela agência de notícias Russian Satellite afirmaram que o "bloqueio" pode causar a elevação dos preços do petróleo em 10% ou mais.
Já existem sinais de que o bloqueio está interrompendo o fluxo global de gás natural liquefeito. O site "Market Watch" dos EUA afirmou que o preço do gás natural liquefeito aumentou moderadamente devido ao bloqueio. Se o bloqueio durar duas semanas, a entrega de cerca de 1 milhão de toneladas de gás natural liquefeito para a Europa pode sofrer atraso.
O mais grave é que aumentará o risco de escassez global de papel higiênico. A Suzano SA do Brasil, maior produtora mundial de celulose de madeira, disse que esta crise global de contêineres pode afetar o abastecimento de papel higiênico. A empresa utiliza principalmente graneleiros para transportar celulose, mas com o aumento da demanda por navios porta-contêineres, a pressão sobre os embarques de carga aumentou, causando atrasos nas entregas. Se os fabricantes não tiverem estoques suficientes, a interrupção do comércio de celulose acabará afetando o fornecimento de papel higiênico, disse Walter Schalka, CEO da empresa.
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