O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que o Brasil está desenvolvendo uma vacina contra o novo coronavírus e que a pesquisa realizada até o momento sobre a imunização será apresentada em Israel por uma missão encabeçada pelo chanceler Ernesto Araújo.
"Temos uma vacina brasileira em desenvolvimento e será apresentada ali (em Israel)", disse Bolsonaro em um vídeo divulgado pelo governo para apresentar a missão.
O Brasil vive o pior momento da pandemia, com uma segunda onda que causou o colapso do sistema de saúde de varias estados do país, obrigando os governos regionais a adotar medidas restritivas para o comércio, quarentenas mais rígidas e toque de recolher noturno para evitar aglomerações e reduzir a pressão sobre a rede hospitalar.
"O objetivo dessa viagem, mais do que um intercâmbio, estamos buscando, aqui, protocolos, acordos na área de ciência e tecnologia que serão muito proveitosos para a questão do momento em que estamos vivendo, do vírus, bem como do legado para futuro", disse o presidente, no vídeo divulgado em suas contas na redes sociais.
"Nossa meta com a viagem a Israel é mais do que um intercâmbio. Estamos buscando acordos na área de ciência e tecnologia que serão muito proveitosos para o momento que estamos vivendo, o do vírus, e como um legado para o futuro", afirmou Bolsonaro no vídeo transmitido também em suas redes sociais.
Um dos dos integrantes da missão a Israel, o secretário de Pesquisa Científica do Ministério da Ciência y Tecnologia, Marcelo Morales, disse que "o objetivo é fazer esse acordo de cooperação em várias áreas de conhecimento, inclusive de medicamentos e vacinas, que estamos desenvolvendo".
Segundo Morales, três das 15 vacinas brasileiras em estudo estão em fase mais adiantada."Se tivermos uma mutação no Brasil, podemos adaptar a vacina à nova mutação", afirmou, em alusão á declaração de quinta-feira Fundação Fiocruz de que pelo menos seis estados do país têm predominância da nova variante P1, surgida em novembro em Manaus, capital do estado do Amazonas (norte) e considerada mais contagiosa.
Em pronunciamentos durante a semana, o presidente tinha anunciado que o objetivo da missão brasileira encabeçada por Araújo era o interesse do Brasil a um spray nasal que está em fase de testes em um hospital de Israel como um possível tratamento preventivo ao coronavírus.
Na delegação oficial brasileira que viajou a Israel está um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro.
O Brasil começou a vacinar a população em 18 de janeiro e segundo o consórcio de veículos de imprensa, o país aplicou mais de 10 milhões de vacinas contra a COVID-19 até agora: 8.135.403 (3,84% da população do país) receberam a primeira dose e 2.686.585 (1,27% da população) a segunda dose.
Até o momento, os imunizantes usados são a CoronaVac, fabricada pela chinesa Sinovac e a produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford.