O ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab, está intencionalmente interrompendo a cooperação chinesa com o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em um momento em que a China mantém a comunicação constante com seus altos funcionários, segundo o Ministério das Relações Exteriores da China na quarta-feira, depois que o ministro britânico condenou a China por causa de Xinjiang e pediu que fosse dado à ONU o acesso "urgente e irrestrito" à região.
O objetivo das visitas a Xinjiang é promover a comunicação e a cooperação, e não conduzir as supostas investigações com a presunção de culpa, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva de rotina na quarta-feira.
Wang observou que a China enviou convites ao alto comissário de Direitos Humanos da ONU sobre uma viagem a Xinjiang, e que os dois lados mantiveram a comunicação sobre o assunto, sendo que a porta de Xinjiang está sempre aberta.
"Opomo-nos firmemente a qualquer pessoa que se sirva deste tópico por motivos de manipulação política ou para coagir a China. O apelo do Reino Unido por uma resolução do Conselho tem obviamente segundas intenções, designadamente enganar as pessoas, desacreditar a China e minar a cooperação entre a China e o comissário de Direitos Humanos da ONU”, disse Wang.
A China dá as boas-vindas a pessoas de todo mundo que queiram visitar Xinjiang e constatar o nível de vida de seus residentes. Nos últimos anos, mais de 1.200 diplomatas, funcionários de organizações internacionais, jornalistas e figuras religiosas de mais de 100 países visitaram Xinjiang. “Eles aprenderam sobre os fatos e a verdade em Xinjiang, sendo que o que viram e ouviram foi completamente diferente do que a mídia ocidental noticiou”, disse Wang.
O Reino Unido está fazendo uso abusivo da plataforma do Conselho de Direitos Humanos da ONU, espalhando informações falsas, atacando e difamando a China e interferindo nos assuntos internos da China. A China expressa firme oposição e total rejeição, disse o porta-voz, observando que a manipulação política e os padrões duplos do Reino Unido não podem enganar a comunidade internacional.
O Reino Unido deseja ser um professor de direitos humanos que não olha para seus próprios problemas. Um terço das famílias britânicas com crianças menores de 5 anos vive na pobreza. Os militares britânicos massacraram civis no Iraque, Afeganistão, mas os assassinos foram protegidos pelo governo e o racismo e a xenofobia violam gravemente os direitos humanos dos imigrantes. “Encorajamos o Reino Unido a tomar medidas para melhorar seus próprios problemas de direitos humanos e contribuir para a causa mundial dos direitos humanos”, observou Wang.
