Decisão da China de banir BBC é legítima, diz porta-voz da chancelaria

Fonte: Xinhua    19.02.2021 11h18

A decisão da China de tirar a BBC World News do ar em todo o país é legítima e razoável, disse na quinta-feira a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.

Hua fez os comentários ao comentar sobre a afirmação do secretário das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, de que a decisão da Administração Nacional de Rádio e Televisão da China (ANRT) de banir a emissora britânica BBC World News era "uma restrição inaceitável da liberdade de mídia".

Ela disse que uma investigação da ANRT descobriu que notícias relacionadas à China feitas pela BBC World News violavam gravemente os regulamentos de rádio e televisão da China e os regulamentos de canais estrangeiros por satélite na parte continental da China e que violavam as regras de transmissão de precisão e imparcialidade, minando os interesses nacionais da China e unidade étnica e não cumprindo os requisitos para que os canais internacionais sejam transmitidos na parte continental da China.

Como tal, a BBC World News não tem permissão para continuar seus serviços na China continental, e a ANRT não aceitará seu pedido de transmissão este ano, disse a porta-voz.

Hua enfatizou que há algum tempo a BBC produz e transmite repetidamente fake news com forte preconceito ideológico contra a China, e espalha informações falsas sobre questões relacionadas a Hong Kong e Xinjiang, bem como a pandemia de Covid-19.

Além disso, a decisão do regulador de comunicações da Grã-Bretanha Ofcom de revogar a licença para a CGTN transmitir na Grã-Bretanha representa a repressão política contra a mídia chinesa, disse ela, acrescentando que, como uma organização de mídia profissional internacional, a CGTN cumpre estritamente as leis e regulamentos britânicos e ética profissional do jornalismo e segue os princípios de objetividade, justiça, veracidade e exatidão nas reportagens. A CGTN é reconhecida internacionalmente por seu profissionalismo.

No entanto, em fevereiro de 2020, a Ofcom repentinamente iniciou um procedimento de investigação para revogar a licença da CGTN na Grã-Bretanha com base em seu controle final e seus atributos políticos. Durante a investigação, a CGTN cooperou plenamente com o Ofcom e procurou resolver o problema de forma construtiva, disse ela.

No entanto, a Ofcom rejeitou repetidamente a proposta chinesa e decidiu, em 4 de fevereiro, revogar arbitrariamente a licença do CGTN English News Channel na Grã-Bretanha. Hua disse que os fatos provam que a ação da Grã-Bretanha foi um ato de repressão política baseada em forte preconceito ideológico.

Ela ressaltou que isso expôs totalmente a hipocrisia do lado britânico, já que, por um lado, o lado britânico despreza a liberdade de imprensa e, por outro lado, continua arrastando os atributos políticos da mídia para os holofotes.

Observando que a China sempre deu as boas-vindas a jornalistas estrangeiros, incluindo a mídia britânica, para fazer reportagens na China e sempre facilitou seu trabalho e vida na China, Hua disse que a que a China se opõe é o preconceito ideológico contra a China, inventar fake news e comportamentos que violam a ética jornalística.

"A China pede que a Grã-Bretanha pare imediatamente a manipulação política e corrija seus erros. A China se reserva o direito de dar outras respostas legítimas e necessárias", acrescentou ela.

(Web editor: Beatriz Zhang, 符园园)

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