Portugal pede auxílio europeu após pico de infeções por Covid-19

Fonte: Diário do Povo Online    02.02.2021 09h43

O bom desempenho na gestão da primeira vaga não se veio a repetir em Portugal, após o país ver o número de novos casos disparar nos meses finais do ano passado, atingindo máximos consecutivos no mês de janeiro.

O descontrole no último mês, que se estima ter sido motivado pelo relaxamento das medidas de confinamento durante o período das festividades de fim de ano e pela entrada da estirpe inglesa no território português, motivaram um aumento abrupto no número de contágios e de mortes pela doença. No período de 31 dias foram contabilizadas 5,576 mortes face a 6,906 entre março e dezembro.

A pressão colocada no SNS (Sistema Nacional de Saúde) levou à suspensão de inúmeros serviços não urgentes no país, designadamente cirurgias e consultas não urgentes, e ao estabelecimento de hospitais de campanha. Vários profissionais foram mobilizados para participar no esforço coletivo de contenção da doença.

Face aos números que continuam sem dar tréguas, o governo português lançou um pedido de ajuda à UE, uma possibilidade prevista no projeto europeu, tendo já ocorrido entre outros países durante outras fases da pandemia.

Até o momento, o país recebeu resposta positiva por parte da Alemanha e da Áustria, que enviaram materiais, profissionais de saúde, e se disponibilizaram para receber doentes com Covid-19.

Portugal viu-se forçado a implementar, gradualmente, medidas restritivas face ao aumento imparável dos números. Inicialmente foi implementado um novo confinamento geral no dia 15 de janeiro, seguindo-se a suspensão das aulas nas escolas e o encerramento de fronteiras. O estado de emergência deverá perdurar até 14 de fevereiro, com possibilidade de renovação.

O plano de vacinação tem estado também envolto em controvérsia, sendo que o país é dos mais lentos da UE a gerir a administração das primeiras doses. A falta de objetividade e organização na atribuição de vacinas, juntamente com casos de pessoas com acesso à vacina sem pertencerem a grupos prioritários, ou desperdício de doses por negligência, têm sido alvo de atenção pública.

Portugal contabiliza até à data 726,321 casos de infeção e 12,757 mortes por Covid-19.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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