O ministro-presidente do estado da Baviera, no sul da Alemanha, Markus Soeder, pediu neste domingo às autoridades europeias que considerem o uso de vacinas da China e Rússia para aliviar a atual falta de oferta.
"As autoridades europeias de supervisão devem também testar as vacinas desses dois países o mais rápido possível", disse Soeder em uma entrevista ao Die Welt.
Soeder apontou que "a legitimação inteira da estratégia contra o coronavírus dependerá de quão rápido colocamos sob controle os problemas de vacinação".
O governador da Baviera, também chefe da União Social Cristã da Alemanha, é conhecido por suas medidas rígidas e práticas para conter a pandemia no estado do sul.
O pedido de Soeder veio em um momento em que a Europa está envolvida em uma disputa acirrada com a farmacêutica AstraZeneca sobre a falta de distribuição de vacinas. A vacina Pfizer-BioNTech também está sendo fornecida em menor quantidade que o previsto.
Muitos países da Europa já atrasaram ou até suspenderam suas imunizações contra o coronavírus devido à escassez de vacinas.
Na Alemanha, os cidadãos terão que esperar pelo menos 10 semanas a mais para serem imunizados, de acordo com uma estimativa do Ministério da Saúde federal.
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, também disse no domingo que está aberto ao uso de vacinas da Rússia ou da China, com um crescente debate sobre a disponibilidade de doses.
"Se uma vacina é segura e eficaz, não importa em que país foi produzida, e ela pode com certeza ajudar a combater a pandemia", disse Spahn à mídia local.