A relação entre a China e os Estados Unidos se encontra em uma nova encruzilhada e provavelmente abrirá uma nova janela de esperança, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, pedindo que os Estados Unidos cheguem a um acordo com a China para que as relações bilaterais recuperem um desenvolvimento saudável e estável muito em breve.

"Nunca é tarde demais para fazer a coisa certa", disse Zhao, expressando a esperança da China de que a parte americana, seguindo o espírito de não conflito, não confrontação, respeito mútuo e cooperação de ganhos recíprocos, fortaleça o diálogo, se concentre na cooperação e administre as diferenças.

Zhao fez as declarações ao fazer uma revisão da histórica visita de Deng Xiaoping aos Estados Unidos no fim de janeiro de 1979 como convidado do então presidente americano Jimmy Carter, pouco depois de que ambos os países estabeleceram suas relações diplomáticas. Deng era então vice-primeiro-ministro chinês.

"O que aconteceu a partir de então só serve para provar que os dois países tomaram corretamente esta decisão histórica de estabelecer relações diplomáticas", afirmou Zhao, citando as conquistas nas relações bilaterais graças aos esforços conjuntos de ambos os lados, geração após geração.

Os agregados econômicos totais da China e dos Estados Unidos representam um terço do total mundial e contribuem com mais de 50% à taxa de crescimento econômico mundial. Os volumes de comércio bilateral, que constituem atualmente um quinto do total mundial, cresceram mais de 250 vezes em comparação com o número de quando ambos os países estabeleceram pela primeira vez relações diplomáticas.

"A China e os Estados Unidos também têm uma grande responsabilidade em quase todas as questões globais referentes à paz e ao desenvolvimento mundiais. Os fatos demonstram que quando a China e os Estados Unidos cooperam, podem-se fazer grandes coisas para ajudar não só os dois países, mas também o mundo", disse Zhao.

O porta-voz destacou que nos últimos anos, as relações entre a China e os EUA caíram em uma crise sem precedentes, e a causa fundamental foram as "políticas totalmente equivocadas da administração de Trump em relação à China".

"Essas políticas negam todos os resultados da cooperação bilateral gerados em mais de 40 anos de engajamento, negligenciam décadas de esforços dedicados feitos por visionários líderes chineses e americanos, estadistas e pessoas de todas as esferas sociais para cultivar os laços, e ignoram o fato de que a comunidade internacional deseja fortemente ver uma coexistência pacífica entre a China e os EUA", disse. "Tais políticas são insustentáveis e indefensáveis".

A China espera que os Estados Unidos optem por seguir a tendência dos tempos, prestem atenção às vozes dos povos chinês e americano e da comunidade internacional, considerem a China e as relações sino-americanas de forma objetiva e racional, e colaborem com a China para que as relações bilaterais retornem ao caminho correto de desenvolvimento saudável e estável, disse Zhao.