A junta diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil aprovou nesta sexta-feira por unanimidade um segundo pedido de uso emergencial de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em associação com o Instituto Butantan.
A solicitação foi apresentada pelo Butantan na segunda-feira, um dia depois da Anvisa autorizar o uso do primeiro lote de 6 milhões de doses da CoronaVac .
A Anvisa considerou que a CoronaVac é uma vacina "segura, tem qualidade e é eficaz", e sua aplicação durante a primeira semana de imunização não apresentou nenhum tipo de problema.
O primeiro lote chegou pronto da China e começou a ser distribuído em todo o país na segunda-feira, enquanto o lote aprovado hoje foi envasado pelo Instituto Butantan.
Gustavo Mendes, diretor-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, fez uma apresentação técnica sobre o pedido e no final recomendou a aprovação.
Mendes disse que o armazenamento das doses câmara frigorífica deve ser feito a uma temperatura entre 2 e 8 graus centígrados.
Acrescentou que além de serem envasadas localmente, essas vacinas estão em frascos-ampola multidose, que contêm dez doses num mesmo recipiente, enquanto no primeiro, as doses já vinham fracionadas.
Nesse caso, o produto deve ser utilizado até oito horas depois de aberto. "É uma preocupação, porque se essas dez doses não forem utilizadas nessas oito horas, não conseguimos garantir a integridade e pureza da vacina", alertou Mendes.
A solicitação citava 4,8 milhões de doses, mas segundo o portal G1, o Butantan corrigiu a estimativa nesta sexta-feira, ao esclarecer que após processo de envase e conferência do lote, o total de doses envasadas foi de 4,1 milhões de doses.