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Após confrontos no Capitólio, Trump promete transição de poder ordeira

Fonte: Diário do Povo Online    08.01.2021 09h44

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que haverá uma "transição ordeira" em 20 de janeiro, logo após o Congresso concluir a contagem dos votos eleitorais que certificam a vitória de Joe Biden na eleição presidencial.

Ao declarar a contagem final dos votos, o vice-presidente Mike Pence certificou a contagem do Colégio Eleitoral de 306 votos a favor de Biden contra 232 a favor de Trump.

São necessários pelo menos 270 votos eleitorais para ganhar a Casa Branca. Biden também ganhou o voto popular com mais de 7 milhões de votos.

"O anúncio do estado da votação... é uma declaração suficiente relativamente às pessoas eleitas para presidente e vice-presidente dos Estados Unidos", disse Pence.

Logo depois do Congresso ter concluído a contagem dos votos eleitorais certificando a vitória de Biden, Trump, que repetidamente se recusou a conceder a eleição, prometeu que haverá uma "transição ordeira" de poder.

"Embora eu discorde totalmente com o resultado da eleição e os fatos o confirmem, haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro", disse Trump em um comunicado.

O Congresso dos EUA se reuniu na tarde de quarta-feira em uma sessão conjunta para contar formalmente os votos eleitorais, um evento tradicional e cerimonial.

Antes que a vitória final fosse anunciada, os apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, interrompendo o processo de certificação por várias horas.

A polícia anunciou um bloqueio ao Capitólio depois que os manifestantes forçaram seu caminho para o prédio histórico, onde os legisladores estavam debatendo separadamente nas duas câmaras uma objeção aos resultados do Arizona.

Quatro pessoas, incluindo uma mulher que foi baleada pela polícia do Capitólio, morreram em meio a confrontos entre a polícia e simpatizantes de Trump. Dezenas de detenções foram registradas, segundo a polícia. Pelo menos 14 policiais sofreram ferimentos.

Na quarta-feira ao meio-dia, Trump se dirigiu a uma enorme multidão de seus apoiadores no sul da Casa Branca, e encorajou manifestações no Capitólio.

Em um vídeo postado mais tarde, ele exortou os manifestantes a "irem para casa", mas não denunciou o caos, redobrando as acusações de que a eleição havia sido "roubada".

Várias figuras políticas de ambos os partidos, incluindo ex-presidentes dos EUA, condenaram a violência no Capitólio. Muitos acusaram diretamente Trump, culpando-o de instigar o sucedido.

"O que aconteceu aqui hoje foi uma insurreição, incitada pelo presidente dos Estados Unidos", disse o senador Mitt Romney, de Utah, em um comunicado na quarta-feira.

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