O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse na terça-feira que a China promoverá uma abertura de padrões mais altos, atrairá mais investimento estrangeiro e incentivará mais companhias chinesas a se tornar globais, para obter assim mais resultados de benefício mútuo.
Li fez as declarações na quinta Mesa Redonda "1+6" realizada via link de vídeo, a que assistiram o presidente do Grupo do Banco Mundial, David Malpass; a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva; o vice-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Alan Wolff; o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Ryder; o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos, Angel Gurría; e o presidente da Junta de Estabilidade Financeira, Randal Quarles.
Li destacou que diante dos severos impactos da Covid-19, a China coordenou a contenção da epidemia e o desenvolvimento econômico e social e manteve estáveis tanto o emprego como as bases econômicas. "A economia chinesa obterá um crescimento positivo no geral para todo o ano, o que é um êxito obtido arduamente", disse.
Li atribuiu a recuperação estável da economia chinesa à série de políticas que a China implementou para oferecer alívio às entidades de mercado. Ao apoiar as entidades de mercado, a China poderá manter o emprego, o que por sua vez gerará receitas e impulsionará o consumo necessário para fortalecer o crescimento econômico.
Li também atribuiu a estável recuperação da economia chinesa aos esforços paralelos para impulsionar a reforma e a abertura, o que estimulou as entidades de mercado e liberou o dinamismo interno da economia.
"Face a pandemia, a forte resiliência mostrada pelos mais de 100 milhões de entidades de mercado na China e pelo povo chinês proporcionou o mais forte suporte de nossas bases econômicas e a maior fonte de confiança da China para superar as dificuldades e os desafios à frente", disse.
A recuperação estável da economia chinesa também é atribuível ao massivo mercado interno da China, disse Li. "Como uma grande economia, a maior força da China é seu enorme mercado interno".
Li disse que a China nunca vai buscar superávits comerciais e acrescentou que o país põe a mesma ênfase nas importações e exportações e ampliou ativamente a importação de bens e serviços de qualidade, com o objetivo de cobrir melhor as necessidades de atualização industrial e do consumo.
Li disse que no período do 14º Plano Quinquenal, a China continuará inovando e melhorando a regulação macroeconômica, garantirá que suas políticas sejam consistentes, efetivas e sustentáveis e acelerará a construção de um ambiente de mercado de classe mundial, baseado no mercado e regido por um bom marco legal.
A China promoverá uma abertura de padrões mais altos, reforçará a proteção dos direitos de propriedade intelectual, incentivará uma competência justa entre empresas nacionais e estrangeiras, atrairá mais investimento estrangeiro e incentivará mais companhias chinesas a se tornar globais, para assim obter mais resultados de benefício mútuo, disse Li.
Li destacou a necessidade de que a comunidade internacional enfrente os desafios com solidariedade e cooperação. Pediu que todas as partes defendam o multilateralismo e o livre comércio e facilitem a melhora do sistema de governança econômica internacional.
A China saúda a conclusão e assinatura do acordo de Parceria Econômica Abrangente Regional e trabalhará com todas as partes com espírito de associação e unirá esforços para construir uma economia mundial aberta.
Os líderes das seis importantes instituições econômicas internacionais elogiaram os notáveis êxitos da China no combate à Covid-19 e assinalaram que a China, com sua robusta reabertura econômica e forte recuperação, será a única grande economia que obterá um crescimento positivo este ano.
O renovado crescimento da China ajudará a fortalecer a recuperação global e impulsionará a confiança mundial para derrotar o vírus, disseram.
Os líderes fizeram comentários positivos sobre a ativa contribuição da China no alívio da pobreza, luta contra a mudança climática e promoção da liberalização e facilitação do comércio e investimento.
Ante a Covid-19 e os desafios econômicos, os líderes pediram que todos os países reforcem a coordenação de políticas macroeconômicas e trabalhem juntos para a recuperação global na era pós-Covid-19.
Comprometidos com seus laços e sua cooperação com a China, os líderes expressaram sua disposição de trabalhar com a China para aprofundar a cooperação em finanças, emprego, redução da pobreza e alívio da dívida, apoiar de forma conjunta o multilateralismo e promover o desenvolvimento e a prosperidade do mundo.
Li realizou uma entrevista coletiva com os líderes das seis importantes instituições econômicas internacionais depois da Mesa Redonda.
A China fortalecerá a cooperação com as importantes organizações internacionais em âmbitos mais amplos e maior profundidade, e as apoiará para que continuem desempenhando seus papéis vitais no sistema de governança global, em um esforço comum para impulsionar o desenvolvimento global e promover o bem-estar dos povos do mundo.
Li disse que a China continua sendo o maior país em desenvolvimento do mundo e que o desenvolvimento ainda é a base e a chave para resolver todos os desafios que o país enfrenta.
A economia chinesa está profundamente integrada na economia mundial, disse Li, acrescentando que além de trabalhar para ampliar a demanda interna, a China se abrirá ainda mais e compartilhará suas oportunidades com o mundo.