O primeiro-ministro português, António Costa, disse nesta terça-feira que o país está se preparando para a segunda onda da pandemia de Covid-19, observando que agora há mais meios de cuidado e mais profissionais de saúde.

"Em março, a linha SNS24 (serviço médico de emergência) podia receber até 10.000 telefonemas. Hoje tem capacidade para mais de 30.000. Em março, a média diária de testes (de Covid-19) era 2.578. Hoje é 35.348", tuitou Costa.

Segundo o primeiro-ministro, em março, durante o auge da primeira onda, havia cerca de 2.000 leitos para pacientes de Covid-19. Hoje são mais de 3.000, podendo chegar a 18.000. Além disso, as unidades de terapia intensiva foram aumentadas de 433 para 704, podendo chegar a 944.

Em relação aos respiradores para ajudar os pacientes em casos graves, ele notou que em março eram 1.142 e hoje são 1.939.

"Em março, criamos um regime excepcional de contratação de profissionais de saúde. Hoje já contratamos 6.883 profissionais de saúde ao abrigo deste regime e decidimos vincular ao Serviço Nacional de Saúde perto de metade", acrescentou o primeiro-ministro.

Todos anteciparam que a segunda onda da Covid-19 viria do outono ao inverno, ninguém pensou que chegaria tão cedo. Agora, se me perguntarem se estou surpreso com esse número significativo de transmissões na comunidade, estou muito surpreso, acrescentou.

Com o número diário de infecções aumentando e atingindo novos recordes nas últimas semanas, o país voltou ao estado de emergência de 15 dias a partir de segunda-feira com toque de recolher nos 121 municípios mais afetados, o primeiro desse tipo em sua história.

Portugal relatou nesta segunda-feira mais 63 mortes relacionadas ao coronavírus, e 4.096 novos casos, elevando o número de óbitos e o de casos do país para 2.959 e 183.420, respectivamente, desde o início da pandemia, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Enquanto o mundo luta para conter a pandemia, países como França, Alemanha, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos estão correndo para encontrar uma vacina.

De acordo com o site da Organização Mundial da Saúde, até 3 de novembro, havia 202 vacinas candidatas contra a Covid-19 sendo desenvolvidas em todo o mundo, e 47 delas estavam em testes clínicos.