A China mostrou fortes sinais de recuperação econômica enquanto muitos outros países lutam para conter o ressurgimento do coronavírus enquanto se preparam para fortes quedas na produção deste ano, informou o jornal britânico The Times.
"Eles (os países da Europa e América do Norte) só podem olhar com inveja para a China, onde a economia já se recuperou", destacou o jornal em uma reportagem publicada na segunda-feira.
Em seu último relatório Perspectivas Econômicas Mundiais divulgado na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou uma forte contração da economia global em 4,4% este ano. Entretanto, estimou que a economia da China cresceria 1,9% este ano, 0,9 ponto percentual acima de sua previsão de junho.
"Depois de relaxar seus lockdowns durante o verão, os rivais ocidentais estão lutando para proteger suas economias de uma segunda onda do vírus. No entanto, a China implantou um severo confinamento e um regime rigoroso de testes para conter o coronavírus na primeira vez", disse a reportagem do Times. "Embora sua economia tenha encolhido a um ritmo recorde no início do ano, a recuperação subsequente ainda não foi ameaçada".
O jornal também relatou que um boom em projetos de infraestrutura na China e exportações constantes também contribuíram para o crescimento econômico do país.
"Ao mesmo tempo, o crescimento tem sido impulsionado graças a um desenvolvimento apoiado pelo Estado em projetos de nova infraestrutura, incluindo estradas e linhas de trem de alta velocidade. Isto tem alimentado a forte recuperação da produção industrial", segundo a reportagem.
As exportações "também têm sustentado a economia com quatro trimestres consecutivos de crescimento", acrescentou. "Os exportadores do país vêm conquistando fatias de mercado de outras partes do mundo, onde a produção ainda está obstruída por restrições. Isto tem ajudado a alimentar o crescimento das exportações, mesmo quando a economia global começou a abrandar mais uma vez".
O artigo também observou um aumento nas vendas no varejo, consumo e produção de serviços, todos mostrando sinais de uma maior recuperação econômica da China.
"Acreditamos que o ritmo de crescimento continuará aumentando a curto prazo. A política fiscal deverá continuar dando suporte até pelo menos o início do próximo ano, o que deverá manter forte a atividade na indústria e na construção... A recuperação da atividade de consumo e de serviços provavelmente terá que continuar", disse ao jornal Julian Evans-Pritchard, economista sênior para a China do think-tank britânico Capital Economics.
A recuperação econômica da China ganhou força no terceiro trimestre à medida que as atividades normalizaram em meio ao controle efetivo da pandemia da COVID-19 e esforços abrangentes do governo chinês para estimular a demanda e o consumo, mostraram os dados oficiais nesta segunda-feira.
O produto interno bruto (PIB) da China se expandiu 4,9% anualmente no terceiro trimestre, mais rápido que o crescimento de 3,2% observado no segundo trimestre, mostraram os dados do Departamento Nacional de Estatísticas da China divulgados segunda-feira.
