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Presidente moçambicano pede por renovação do compromisso com o multilateralismo

Fonte: Xinhua    24.09.2020 10h46

O presidente moçambicano Filipe Nyusi pediu na quarta-feira pela renovação do compromisso com o multilateralismo para enfrentar os desafios globais.

O tema do Debate Geral da Assembleia Geral da ONU deste ano é um apelo por uma renovação da visão de um mundo integrado e cooperativo, onde as nações se expressem de forma aberta e atuem de forma coordenada na promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo, tomando a Agenda 2030 como sua bandeira, disse Nyusi à assembleia.

O tema do Debate Geral deste ano é "O futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: reafirmando o nosso compromisso colectivo com o multilateralismo -- enfrentando a COVID-19 por uma ação multilateral eficaz."

"A cooperação multilateral continua a ser a melhor abordagem para fazer face aos desafios e minorar o sofrimento das pessoas que são o principal motivo da criação das Nações Unidas", disse ele em um comunicado pré-gravado.

O multilateralismo nas Nações Unidas também é fundamental se levarmos em conta que a economia do mundo, sobretudo a dos países em desenvolvimento, foi severamente dilacerada pelos efeitos da pandemia da COVID-19, sendo que a sua restauração exige intervenções globais, integradas e concertadas, disse.

"O nacionalismo e o isolacionismo em face de uma pandemia são uma receita para o fracasso na resposta a esta e outras doenças contagiosas de natureza imprevisível", acrescentou.

Outros fenômenos e desafios globais, incluindo terrorismo, mudança climática, segurança cibernética, saúde pública, pesquisa e desenvolvimento, comércio e industrialização, também requerem intervenção multilateral liderada pela ONU, continuou.

Na aldeia global em que vivemos, as questões nacionais e internacionais são cada vez menos discerníveis. A natureza transnacional e a interconexão desses fenômenos exigem lideranças que reconheçam que, no mundo de hoje, nossas intervenções devem levar em conta a relação intrínseca entre os cidadãos nacionais, regionais e globais.

A segurança e a paz internacionais, a preservação e o respeito pelos direitos humanos e a promoção do desenvolvimento sustentável só encontram terreno fértil para florescer na abordagem comum e na ação coletiva de todas as partes envolvidas no mundo, disse ele, acrescentando: Vamos, portanto, revisitar nosso compromisso global com a consolidação dos princípios da Carta das Nações Unidas, tendo em mente os principais destinatários desses esforços, ou seja, Nós os Povos!

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