O presidente chinês Xi Jinping resumiu quatro lições que a pandemia da COVID-19 trouxe à humanidade e pediu aos países que se unam e se preparem para enfrentar desafios globais ainda maiores.
"Primeiro, a COVID-19 nos lembra que estamos vivendo em uma aldeia global interligada com um interesse comum", disse Xi no debate geral da 75ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na terça-feira.
Nenhum país pode ganhar com as dificuldades de outros ou manter a estabilidade se aproveitando dos problemas alheios, disse ele.
"Seguir uma política de empobrecer o vizinho ou apenas observar de uma distância segura quando outros estão em perigo acabará colocando alguém no mesmo problema enfrentado por outros", assinalou Xi.
"É por isso que devemos abraçar a visão de uma comunidade com um futuro compartilhado no qual todos estejam ligados", acrescentou.
Em segundo lugar, a COVID-19 nos lembra que a globalização econômica é uma realidade incontestável e uma tendência histórica.
"Enterrar a cabeça na areia como um avestruz diante da globalização econômica ou tentar combatê-la com a lança de Dom Quixote vai contra a tendência da história", disse ele.
Os países devem dizer não ao unilateralismo e ao protecionismo e trabalhar para garantir o funcionamento estável e saudável das cadeias industriais e de abastecimento globais, continuou.
Terceiro, a COVID-19 nos lembra que a humanidade deve lançar uma revolução verde e avançar mais rapidamente para criar uma forma ecológica de desenvolvimento e vida, preservar o meio ambiente e fazer da Mãe Terra um lugar melhor para todos.
A China ampliará suas Contribuições Pretendidas Determinadas nacionalmente adotando políticas e medidas mais vigorosas. A China projeta ter um pico de emissões de CO2 antes de 2030 e alcançar a neutralidade de carbono antes de 2060, declarou Xi, pedindo que os países busquem um desenvolvimento inovador, coordenado, verde e aberto para todos.
Em quarto lugar, a COVID-19 nos lembra que o sistema de governança global exige reformas e melhorias.
O sistema de governança global deve se adaptar à evolução da dinâmica política e econômica global, enfrentar os desafios globais e abraçar a tendência subjacente de paz, desenvolvimento e cooperação de benefício mútuo, acrescentou ele.