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| Fonte: AgênciaBrasil |
O agravamento dos incêndios que, desde princípios do ano, destruíram cerca de 1,4 milhão de hectares de vegetação no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul levaram o governo estadual a decretar nesta segunda-feira situação de emergência ambiental.
O Pantanal é o bioma mais ameaçado, embora os incêndios afetem também áreas do Cerrado e da Mata Atlântica .
O governador Reinaldo Azambuja assinou o decreto ao se reunir com o Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, que desde este domingo está em Campo Grande, a capital matogrossense.
Os 79 municípios do estado estão sendo afetados pela grave seca que castiga a região central do país, o que faz com que o fogo se estenda também por Mato Grosso e Tocantins.
Segundo o governo estadual, "fatores antrópicos", como as queimadas causadas pelo homem, "provocaram incêndios florestais e urbanos em grande parte do estado".
"Desafortunadamente, pessoas inconsequentes põem fogo e causam danos incomensuráveis ao meio ambiente, aos animais e às pessoas", ressaltou Azambuja, ao lembrar que a região está vivendo sua maior seca dos últimos 47 anos.
A situação de emergência no estado tem validade de 90 dias e autoriza a mobilização de órgãos estaduais, a atuação de voluntários, a entrada em propriedades particulares para a prestação de socorro ou para a evacuação e ainda a realização de aquisições de produtos e serviços sem licitação.
Brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), assim como membros das Forças Armadas, tem estado trabalhando na região há meses.
Os prognósticos indicam que esta semana continuará sem chuva e com altas temperaturas na região do Pantanal.
Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, em alguns lugares, as temperaturas podem superar os 40ºC, e a humidade relativa do ar pode chegar somente a 20%, o que aumenta o risco de incêndios florestais.
O Pantanal é um bioma composto principalmente por uma savana, em sua maior parte, inundada, cobrindo cerca de 250.000 quilômetros quadrados, que também se estende ao leste da Bolívia e ao norte do Paraguai.
