Bandeiras nacionais da Índia e da China lado a lado nas colinas Raisina em Nova Delhi, Índia. (Foto de arquivo/ Xinhua)

Beijing solicitou na terça-feira (1) que a Índia retire imediatamente as tropas que cruzaram a Linha de Controle Real e pare sua provocação e quaisquer movimentos que possam agravar ou complicar a situação.

A invasão ocorreu na margem sul do lago Pangong Tso e perto da passagem da montanha Reqin na segunda-feira (31), mais uma vez causando tensões na área de fronteira, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.

A ação da Índia violou gravemente o território e a soberania da China, bem como os acordos e o importante consenso alcançado entre os dois países, e minou a paz na área de fronteira, disse Hua em entrevista coletiva diária.

A China, que apresentou representações solenes à Índia, sempre defendeu negociações pacíficas e amigáveis para soluções justas e razoáveis para questões de fronteira que ambos os lados considerem aceitáveis, disse Hua.

Os dois países conduziram conversações em vários níveis tentando lidar com as questões da fronteira de forma pacífica, disse Hua, acrescentando que a invasão indiana violou o consenso alcançado nessas negociações e foi contra os esforços bilaterais para aliviar as tensões na área de fronteira.

Ji Rong, porta-voz da embaixada da China na Índia, também expressou na terça-feira firme oposição da China à invasão e pediu que a Índia "controle e restrinja estritamente suas tropas na linha de frente" e "honre sinceramente seus compromissos".

A China não tomará a iniciativa de complicar a situação ao longo de sua fronteira com a Índia, mas se mantém firme em salvaguardar sua própria soberania e integridade territorial, disse o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores Wang Yi no domingo.

A China sempre se comprometeu a manter a estabilidade na área de fronteira, disse Wang durante uma viagem à França.

Problemas ocorrem na fronteira China-Índia, que ainda não está demarcada, e a China espera administrar esses problemas por meio de conversas com a Índia, enfatizou Wang, acrescentando que os dois países devem incluir as questões “adequadamente nas relações bilaterais.

Os dois países podem implementar cuidadosamente o consenso que seus líderes alcançaram de que China e Índia compartilham interesses maiores do que suas diferenças, e precisam administrar bem as diferenças e evitar exacerbações, disse Wang.

A China e a Índia podem se complementar bem, e a China espera fortalecer a cooperação mutuamente benéfica com a Índia para ajudar no desenvolvimento da Índia, disse ele.

Será "uma cena espetacular nunca vista antes na causa do progresso humano" quando os dois países se desenvolverem juntos e todos os seus 2,7 bilhões de habitantes abraçarem a modernização, disse Wang.

Os dois países também devem trabalhar juntos para proteger os direitos legítimos dos países em desenvolvimento e criar um maior espaço de desenvolvimento para as economias emergentes, disse Wang.