Hong Kong está bem preparada para o lançamento de seu programa de teste universal de Covid-19 na terça-feira (1), disse um importante oficial do governo, já que mais de 553.000 pessoas se inscreveram online até as 18h de segunda-feira (31).
Mais de 6.000 profissionais de saúde se voluntariaram para participar do programa e cerca de 4.000 funcionários públicos de 75 agências e departamentos de políticas foram designados para facilitar o trabalho administrativo, disse o governo da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) na segunda-feira.
Inspecionando um centro de testes, o secretário-chefe de administração, Matthew Cheung Kin-chung, disse na segunda-feira que os preparativos para o programa de uma semana foram concluídos.
“O projeto dos centros tem garantido que os testes sejam seguros, convenientes e rápidos, com total proteção da privacidade pessoal”, acrescentou ele.
De acordo com o site do programa, as consultas em 14 centros de testes comunitários estão totalmente agendadas até 7 de setembro.
Mas, apesar da participação entusiástica dos residentes, alguns líderes de grupos médicos e ativistas da oposição difamaram repetidamente o programa e pediram ao público que o boicotasse.
No sábado (29), um voluntário que distribuía folhetos sobre testes de vírus foi atacado por um homem com um guarda-chuva.
A legisladora Alice Mak Mei-kuen afirmou que é "egoísmo" da parte de alguns indivíduos desacreditar o programa universal de testes para fins pessoais. Mak alertou que, se o público for enganado por suas palavras e dissuadido de fazer o teste, alguns casos de infecção assintomática na comunidade podem passar despercebidos, levando a surtos repetidos que acabariam por prejudicar o público.
Chow Pak-chin, vice-presidente da Associação Médica, disse ao China Daily que espera que esses indivíduos não "politizem" a saúde pública. “É vital que os profissionais médicos façam alegações baseadas em evidências”, disse ele.
Fanny Hui Siu-lam, uma vendedora de loja, disse que a campanha dos ativistas da oposição foi "totalmente irresponsável", pois estavam colocando sua agenda política antes do bem-estar dos moradores.
"Esses chamados líderes de grupos médicos estão simplesmente se opondo por causa da oposição", disse Hui. Ela lembrou que também alegaram que o sistema de hospitais públicos da cidade estava à beira do colapso devido à falta de mão de obra.
"Mas quando as equipes médicas da parte continental vêm e nos ajudam, de repente dizem que nosso sistema de saúde pode lidar com a pandemia sem problemas", disse Hui.
Na segunda-feira, a cidade registrou nove novas infecções por Covid-19, o menor aumento diário desde 24 de agosto, levando o total para 4.810. Em vista da tendência de declínio, o governo anunciou a reabertura gradual das escolas de Hong Kong a partir de 23 de setembro.